quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Algumas funções do MySQL


Contar registros duplicados:


SELECT id_cliente, count(id_cliente) 
FROM  clientes 
GROUP BY id_cliente 
HAVING count( id_cliente) > 1


Mostrar conexões ativas:
SHOW PROCESSLIST;


Gerar sql para otimizar várias tabelas:
SELECT CONCAT('OPTIMIZE TABLE ',TABLE_NAME,'; ')AS tabela from information_schema.TABLES WHERE TABLE_SCHEMA = 'nome_do_bd’


Gerar sql para truncar várias tabelas:
SELECT concat('TRUNCATE ',TABLE_NAME,' ;') FROM information_schema.`TABLES` T WHERE TABLE_SCHEMA = 'nome_da_base'

Comando find_in_set, para quando precisar procurar um registro em uma lista de valores (similar ao IN(), mas passando uma string já formatada com as virgulas):

select id_cliente, Find_In_Set(id_cliente, '172,171,182,183') FROM clientes

Contar horas entre datas:
SELECT TIMEDIFF(STR_TO_DATE('19/01/2011 00:00:00', '%d/%m/%Y %H:%i:%s'),now());


Insert-update: 

REPLACE INTO acesso (login, ip, data_ultimo_acesso )VALUES ('login','192.168.0.1', now());


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

War


When I thought that I fought this war alone

You were there by my side on the frontline

And we fought to believe the impossible

When I thought that I fought this war alone

We were one with our destinies entwined

When I thought that I fought without a cause

You gave me the reason why

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Att


Acho engraçado quando as pessoas colocam nas assinaturas de e-mail 'Atenciosamente'. Principalmente quando o e-mail enviado se trata de alguma reclamação, ou com erros de digitação. Isso é contraditório. Se a pessoa escreveu 'atenciosamente', como ela digita errado, trocando as letras? E como alguém reclama de algo 'atenciosamente'?

Sem contar quando abreviam, e colocam 'Att'. Isso mostra que a pessoa dedicou tanta atenção ao e-mail...

Uma coisa que eu sempre detestei foram mensagens de aviso de recebimento. Não aquelas que a gente configura pra receber um aviso de que leram o e-mail, mas sim aquelas que a pessoa que recebe envia automaticamente, normalmente com aviso de que ela tá de férias, ou que tá fora do escritório. Isso ficou particularmente irritante quando comecei a monitorar uma conta de e-mail usada pra enviar uma newsletter pra mais de 20 mil endereços, mas aí eu lembrei que também detesto newsletter, e pensei 'bem feito pra mim'.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fui Guilhotinado

É estranho, o verbo guilhotinar não pode ser conjugado em todos os tempos; pode-se dizer: eu serei guilhotinado, tu serás guilhotinado, mas não se diz eu fui guilhotinado.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

24-6 Ora essa


, eu já lavava a louça antes, quando morava com o pai. Mas acho que nunca percebi quanta louça se suja porque não tinha acompanhado todo o processo de cozinhar e sujar a louça (exceto na hora de comer). A gente passa mais tempo sujando a louça do que comendo...
Se olhar por este lado, a cozinha nem deveria se chamar 'cozinha', e sim 'lavanderia de louça', ou algo parecido.

Agora (faz um mês...) temos dois gatos em casa. Um casal. Um deles se chama 'Saidaqui', e a outra, 'Tschiii!'. Tá, na verdade não são esses os nomes deles, mas como eu passo o dia todo falando assim com eles, provavelmente eles vão se convencer de que esses são os nomes deles.
Mas é bom ter um pouco de movimento dentro de casa. Quando eles não tão tentando subir na mesa da cozinha, entrar no banheiro ou caminhar em cima do teclado, eles são divertidos. Tem um colchão que fica em pé, atrás da porta do quarto, e que eles adoram escalar. Nos primeiros dias, eles apanhavam pra escalar, agora é dois toques e já tão lá em cima. Também tem dois ratos de brinquedo que eles adoram, e que a gente usa como isca quando queremos fazer eles irem pra algum lugar. A gente joga o rato e eles vão atrás, enquanto isso fechamos a porta. Dá pena, ás vezes, mas eles não tem pena quando tão caminhando no meu teclado e desligam o meu computador...

A gente tem dois vizinhos. Na casa ao lado, tem um casal que até hoje não sabemos se é um casal. Só sabemos que eles brigam, e muito. Ás vezes nós temos que ligar o rádio pra não ouvir as discussões. No outro lado, moram uns corinthianos. A gente sabe que são corinthianos porque quando o corinthians ganha, eles fazem uma baderna, e quando perde, é tanto silêncio que dá pra ouvir os vizinhos do outro lado brigando (mentira, sempre dá pra ouvir, com ou sem corinthianos). No dia que o corinthians ganhou o paulistão, foi muito estranho. Tinha gente pela rua gritando o nome do time (não vou digitar corinthians de novo...), gente bebendo na rua, foguetório... até hoje eu nunca vi uma revolução popular, mas acho que se acontecesse e o povo ganhasse, seria algo bem parecido.

Os estabelecimentos mais importantes pro povo daqui, são, nesta ordem:
-Bar;
-Pizzaria;
-Padaria;
-Lanchonete (ao invés de lancheria...);
Depois vem coisas como posto de saúde, hospital, etc. Todo santo dia alguém joga um panfleto de uma pizzaria diferente na nossa porta, e eu até acostumei com isso. Ás vezes fico até meio triste, quando olho na porta e não tem nada.

Aqui não tem cachorro na rua. E até hoje só ouvi um cachorro na casa de um vizinho latindo, mas não sei onde era. Mas em compensação, as motos são muito barulhentas. Eu adorava aquelas motos grandes, que fazem tanto barulho quanto um caminhão, mas confesso que cansei delas. Eu nem saio mais na janela pra ver quando uma delas tá passando, eu até torço pra que vá embora logo. Ô saco!

O feijão aqui carioca é mais barato que o feijão preto. E tem uma tal laranja 'bahia', que é a mesma de umbigo. Aqui tem tanta gente de fora que os forasteiros já começaram a batizar as coisas com os nomes de casa, talvez pra aliviar um pouco a saudade.

Aliás, tem uma história que diz que não tem mais ninguém no nordeste. Veio todo mundo pra cá. Mas isso deve ser exagero.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

5-6 Coisas que eu não sei...


Gorduras Trans:

Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e o colesterol sejam pasteurizados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.

Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares. Resumindo, esse tipo de gordura causa o aumento do colesterol.

Glúten:

As pessoas portadoras de doença celíaca têm uma hipersensibilidade ao glúten. Nestas pessoas o glúten provoca danos na mucosa do intestino delgado, impedindo uma digestão normal. Após eliminar o glúten da dieta, o intestino volta a funcionar com normalidade. Outra manifestação de intolerância é a presença de lesões na pele chamada dermatite herpetiforme.

Os autistas podem ser sensíveis ao glúten e à caseína (uma proteína presente no leite). Ambas as substâncias parecem ter um efeito opiáceo nestes indivíduos.

Foi comprovado que quando ingerido em excesso, o glúten causa diminuição da produção da serotonina, o que leva a um quadro de depressão.

Açúcar Invertido:

O açúcar invertido é um ingrediente utilizado pela indústria alimentícia e consiste em um xarope quimicamente produzido a partir do açúcar comum, a sacarose. É usado principalmente na fabricação de balas, doces e sorvetes, para evitar que o açúcar cristalize e dê ao produto final uma desagradável consistência arenosa.

Além de conferir textura adequada aos produtos em que é utilizado como matéria prima, o açúcar invertido também auxilia na formação de cor e de aroma, através da chamada Reação de Maillard ou escurecimento não enzimático.

A inversão do açúcar provoca a quebra da sacarose em dois açúcares que formam a sua molécula: glicose e frutose. A fórmula da reação química é a seguinte:

O termo invertido decorre de uma característica física da sacarose, que se altera durante o processo de hidrólise: originalmente, um raio de luz polarizada que incide sobre a sacarose é desviado para a direita, ou seja, a sacarose é uma molécula dextrógira (D, +). Após o processamento de inversão, a glicose (D, +) e a frutose (L, -) resultantes têm a propriedade conjunta de desviarem a luz para a esquerda; ou seja, o açúcar invertido é levógiro.

(eu sempre achei que açúcar invertido fosse sal...)

15-9 Um sonho de uma noite de verão


Hoje eu sonhei que eu tinha ganho na mega-sena.
Daí eu ia de ônibus buscar o meu prêmio. Só que eu era sequestrado (sem trema) por alienígenas preto-e-branco.
Eu achei que eles se comunicavam através de um aparelhinho que um deles carregava na cintura (que emitia sons que lembravam o som de uma tabuinha batendo em outra, repetidamente, sendo transmitido através de um radinho de pilha mal-sintonizado em uma rádio AM e com a pilha meio fraca, além de outros sons repetidos), mas logo descobri que eles também falavam, embora não dissessem nada (embora falassem muito). Eu perguntava o que eles queriam comigo, mas eles respondiam em um idioma estranho. Eu só entendia que eles diziam 'somos nós', de um jeito estranho.
Quando eles me forçavam a chamá-los de 'mano', eu morria e acordava.

Hoje eu sonhei que eu ganhava na mega-sena.
Daí eu tinha um ataque cardíaco e morria. Daí acordei.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Façanha #002


Quando trabalhava estagiava na Alisul, no CPD (centro de perda de dados), também fiz várias coisas das quais não me orgulho muito, mas que foram engraçadas, ou pelo menos são agora, quando lembro delas.

Certa vez, eles tinham comprado uma impressora enorme, que imprimia, escaneava, passava fax, fotocópia, acessava a rede e servia cafezinho. Acho que custava mais que um carro aquela impressora. Ela tinha entrada usb, entrada serial, de rede, etc. E lá fui eu tentar ligar a tal da impressora, só que não funcionava de jeito nenhum. Depois de muito quebrar a cabeça, chamei o colega, que descobriu que eu tinha ligado o cabo de rede na porta usb...

Teve a vez do toner. Eu nunca tinha trocado um toner de impressora antes, e me mandaram fazer isso, lá no último depósito no fim da empresa. No caminho, fui olhando aquele negócio, quando vi uma fitinha com uma ponta amarela, eu acho. E o que a gente faz quando vê uma fitinha? Ora, a gente puxa. E eu puxei a bendita fita, mas não era pra puxar, e também não dava pra pôr de volta. Tive sorte de não ter puxado muito,  e o toner serviu na impressora mesmo assim, mas imagina o desespero de estragar aquele negócio que devia custar mais do que o meu salário...

Outra vez, logo que entrei e não conhecia quase ninguém lá, me mandaram levar um cara que estava instalando um sistema de segurança na sala do Fulano (não lembro o nome dele). Só que o detalhe, é que eu não conhecia o Fulano ainda, e mal sabia onde era a sala dele. Quando cheguei na sala, tinha umas 4 pessoas que eu não conhecia, e nem sabia se o Fulano estava ali, apenas deduzi que tava porque me disseram que aquela era a sala dele. Aí nós entramos na sala, e eu falei, olhando pra todo mundo, que aquele era o Cicrano do sistema de segurança e que precisava instalar o programa no computador pra monitorar as câmeras. Por sorte,  o Fulano levantou do computador e se apresentou pro Cicrano... imagino o que teria acontecido se o Fulano não estivesse na sala, ninguém ia entender nada, muito menos eu...

A história das fontes queimadas não tem muita graça. Foi só que eu peguei um micro pra formatar, e na hora de ligar ele na fonte de luz da bancada, peguei o cabo que estava ligado na rede 220 e liguei na fonte que era 110, o que fez a fonte estourar e o CPD ficar cheio de fumaça e cheiro de queimado. Duas vezes.

Teve também da colega que me chamou porque o micro dela tava fazendo um barulho estranho. Ela ligou no cpd, e como eu disse, falou que o computador dela tava fazendo um barulho estranho. Aí eu disse que já passava na sala dela pra olhar, e desliguei, mas como eu sempre fui péssimo com o tal de telefone, esqueci de perguntar quem era, e não reconheci pela voz. E aí, como saber quem era? Daí, eu fui andando pelo corredor, bem devagarinho, sem fazer barulho, pra ver se ouvia algum barulho diferente, e no fim consegui ouvir o barulho de um cooler que estava batendo em algum cabo dentro do gabinete.

Façanha #001


- Aí, eu saí tarde do trabalho, e fui correndo pra chegar logo em casa, mas por causa da pressa, acabei perdendo a carteira de motorista.

-Como? te pegaram na sinaleira, ou em uma blitz?

-Não, eu não tava dirigindo. Tenho a carteira de motorista mas a última vez que dirigi um carro foi há uns 3 ou 4 anos.

-Então perdeu como?

-Eu tava correndo pra chegar logo na parada, aí a mochila abriu e caiu um livro, e a minha carteira. Dentro da carteira tava a carteira de motorista, e 50 pilas da Vanessa... ou seja, eu sou o primeiro ser-humano que perde a carteira de motorista por correr à pé.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

(speaking/whisper)


Though I can't know for sure, how things worked out for us
No matter how hard it gets, you have to realize
We weren't put on this earth to suffer and cry
We were made for being happy, so be happy
For me, for you, please...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011


A gente sempre acha que as coisas vão ficar mais fáceis, e que a tecnologia vai sempre nos ajudar. Quando criaram a história de "De volta para o futuro", eles pensavam que o futuro seria mais fácil e mais prático.

Besteira. Mesmo com tanta tecnologia que temos poraí, as coisas complicam cada vez mais.

Veja por exemplo, na hora de comer. Se formos fazer a nossa própria comida, temos que ir em algum lugar comprá-la, e aí começam os nossos problemas.

Primeiro, a gente nunca encontra as coisas na quantidade em que quer. Na verdade, se tratando de comida, até encontra, mas logo ao lado do que nós queremos tem um outro produto com uma promoção imperdível onde a gente compra nãoseioquê e ganha outracoisaqualquer, que na verdade não precisamos (e nem iríamos querer). Aí acabamos sempre comprando mais do que tínhamos planejado, sem contar quando a gente quer o produto B mas só tem o produto A e o C, e o C está com uma promoção que, a partir de três unidades, eles custam dez centavos a menos. Isso é mais problemático quando se compra outros produtos, como uma caneta, por exemplo. Em mercados 'grandes' é impossível de se comprar uma caneta, ou um lápis, ou um caderno de 50 folhas. As canetas vêm em pacotes de no mínimo 5, uma de cada cor; lápis eu acho que nem vendem mais, só aquelas lapiseiras que até bússola tem; e cadernos, no mínimo aqueles de 20 matérias com adesivos do crepúsculo, ou coisa parecida.

Se formos em algum lugar comer, o problema muda. Primeiro, que cada lugar atende de um jeito diferente. O subway, por exemplo. A ideia do subway é que a gente faça o próprio lanche, mas não é assim que funciona. A gente vai lá e tem que ficar escolhendo o que quer que eles coloquem no lanche. Parece simples, mas quando a gente olha praquele monte de coisas, tem vontade de pedir um pouco de cada, mas como não queremos passar por mortos de fome, não podemos fazer isso. Aí o tempo vai passando, e a gente pede a primeira coisa que vem à mente:

-Hã, eu vou querer queijo.

-Só queijo?

-Queijo e aquilo ali.

Seja lá o que for aquilo ali... Agora, um mérito deles, que provavelmente foi a melhor coisa já inventada, é o menu com números. É claro que isso é feito pra nos enrolar, já que a foto ao lado do prato sempre parece muito melhor do que realmente é, mas só em poder pedir algo pelo número já ajuda bastante. Assim, a gente não passa vergonha tentando pedir algo que não sabe nem como se pronuncia. Eu, por exemplo, não faço idéia de como se pronuncia Croissant, ou Petit Gateau, e como ainda não encontrei nenhum lugar onde tenha um número ao lado de um desses negócios, ainda não pude experimentar.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Contar dias ou horas entre datas em Mysql


Para contar quantas horas existem entre duas datas:

SELECT TIMEDIFF(STR_TO_DATE('19/01/1985 00:00:00', '%d/%m/%Y %H:%i:%s'),now());

Trocando TIMEDIFF por 'DATEDIFF' dá pra contar quantos dias tem entre essas datas.


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Rolando um iframe automaticamente


Quando, por motivos pré-históricos, for necessário trabalhar com iframes ou frames, acontece um problema se o link onde o (pobre) usuário clicar estiver muito pra baixo, na tela.

O problema é que a página carrega no iframe/frame, mas a tela continua lá embaixo. Então o usuário tem que rolar a página pra cima, pra ver o inicio do frame (a menos que o programador tenha pensado nisso e colocado os controles na parte de baixo do frame, o que eu duvido muito que alguém faça, mas vai saber).

Pra fazer com que o frame role automaticamente pra cima, quando abrir, é só colocar esse código em algum lugar na página:


<script>
 parent.scrollTo(0, 0);
</script>


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Script para limpar várias tabelas em Mysql


(Vou tentar tornar isso aqui um pouco mais útil)

Bom, ás vezes a gente precisa, por qualquer motivo que seja, dar um truncate table em vária tabelas de uma vez só. Talvez exista um jeito menos improvisado de se fazer, mas esse é o jeito que achei.

A primeira coisa é rodar essa consulta, que vai retornar todos os nomes das tabelas de determinado banco, concatenando com o texto 'TRUNCATE TABLE'.


SELECT concat('TRUNCATE ',TABLE_NAME,' ;') FROM information_schema.`TABLES` T WHERE TABLE_SCHEMA = 'nomedabase';



O retorno disso vai ser algo assim:


'TRUNCATE tabela1 ;'
'TRUNCATE tabela2 ;'
'TRUNCATE tabela3 ;'


Depois disso, é só tirar as aspas e executar.

terça-feira, 21 de junho de 2011

...a propósito...

Porque é que aquele povo que ouve reggae fala tanto sobre a Jamaica, se a coisa que eles mais gostam vem da Bolívia?

Suposições


Supõe-se um monte de coisas.

Supõe-se que todo mundo tenha tv em casa, por exemplo. Aí perguntam 'ué, mas passou na tv, vocês não viram?'.

Também supõe-se que a gente precise do papelzinho azul que sai da maquininha de cartão.  A gente sempre espera eles destacarem, mas depois fica perdido no fundo da carteira, ou no bolso, e depois de duas semanas joga fora porque aquilo não serve mais pra nada, não que antes tivesse servido.

Ainda há outros casos, como aquele vendedor que não fala nada e só fica batendo um troço. Supõe-se que todo mundo sabe o que ele tá vendendo, mas e quem nunca comprou nada dele, como vai saber? Aliás, como se vai saber que ele é um vendedor, e não só um cara que não tem o que fazer e fica incomodando os outros com aquele barulho chato? Tudo culpa das suposições.

E também, supõe-se que todo mundo consegue abrir embalagens sachê de catchup e mostarda. Por isso ninguém nem se preocupa de olhar se o serrilhado da embalagem tá no lugar certo, ou ao menos se o tal existe, afinal, supõe-se que todo mundo consegue abrir aquilo.
Mas às vezes as suposições são legais. Por exemplo, quando eu digo que perdi a minha carteira de motorista porque estava correndo, supõe-se que eu estava dirigindo em alta velocidade, fui pego e apreenderam a minha carteira, quando na verdade, eu estava correndo a pé pra não perder o ônibus e perdi a carteira quando a mochila,que eu supunha que estava fechada, se abriu e a carteira caiu, junto com um livro, e eu, supondo que apenas tinha caído o livro, não procurei por ela na hora.

Só que isso não vem ao caso, agora.

sábado, 18 de junho de 2011

Morungaba


Continuando com a saga de dar nomes esquisitos pra lugares onde eu fui, no final de semana passado fomos à Mongaguá, no litoral de SP.

Mongaguá é uma cidade pequena, uma daquelas cidadezinhas que giram em torno da praia (embora a praia fique ao longo da cidade, logo é impossível que a cidade fique em torno da praia, mas deu pra entender). Lá tem uma feira no centro, à noite, onde os turistas são extorquidos pelos nativos da região. Nessa feira, a gente encontra coisas típicas dos nativos da região, como bijouterias, algumas comidas típicas (como pastel, churros e pizza), e pequenos eletrônicos baratos.

Os ônibus de Mongaguá são um híbrido entre os bondes antigos, que andavam com  um cara dependurado na porta cobrando a passagem, e que também grita para as pessoas nas paradas qual o destino do ônibus, embora tenha aquela placa enorme na frente dizendo qual o destino.

Ao contrário da vez em que fomos pra Paranapiacaba, dessa vez eu inventei intencionalmente  esse nome esquisito, e enquanto estávamos lá, eu pensei que, apesar de esquisito, seria uma boa se a cidade decidisse trocar o nome de Mongaguá pra Morungaba, pois, além de ser mais fácil de pronunciar, isso livraria as pessoas de ter lojas com o nome de 'Mongabeach' e 'Mongás'.

Talvez eles até tenham pensado em trocar de nome, mas acontece que já existe outra cidade com esse nome, o que prova que eu não sou o único cara com mau-gosto para nomes.

domingo, 12 de junho de 2011

Vida Coletiva


Uma das coisas que eu gostaria de comprar depois que ficar rico e não precisar mais trabalhar, depois da guitarra de 7 cordas, é uma máquina de estampar camisetas.
Eu faria camisetas com frases que se adequassem ao lugar onde  estivesse. Por exemplo, 'Que mochilão, hein?' e 'Vai descer na próxima?' para quando estivesse no ônibus;  'Obrigado por dificultar o embarque' e 'Mantenha-se à direita' (com uma seta apontando pra esquerda), para quando estivesse no metrô.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Hell frozen rain


There is a moment in time
When all the cards that you've played divide (divide)
You feel the temperature dive
And all your demons inside come crashing through

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Zica


Em São Paulo, tem uma porção de termos que são usados poraqui, e que eu não conhecia antes. Como nem sempre dá pra ficar perguntando o que as pessoas dizem, o jeito é deduzir, o que nem é tão difícil assim.

Pensando nisso, decidi fazer um dicionário de paulistês - gauchês. Tipo aquele de porto-alegrês que existe. E a primeira palavra vai ser essa: Zica.

Quando tem algo (que a gente não sabe o que é) fazendo com que alguma coisa não dê certo, essa coisa está com 'zica'. Ou 'zicada', se preferir. Por exemplo, nada do que o fulano faz tá dando certo, se diz que o fulano tá 'na maior zica', ou resumindo, 'mó zica' (isso lembra mozilla... ). Já quando é alguma coisa que não funciona de jeito nenhum, tipo um computador que não liga, se diz que o computador tá zicado. Acho que corresponde ao 'bichado' que a gente ás vezes fala.

Só não saberia dizer se, ao pegar uma goiaba estragada, um paulista/paulistano diria que a goiaba tá zicada.


'Mó' significa 'maior', no sentido de 'muito'. Pra mim parece diminutivo de 'maior', pois já vi gente falando 'maior legal', e outras gentes falando 'mó legal'. Mas só se aplica quando é no sentido de 'muito', ou seja, não se deve dizer 'meu salário é mó que o seu'.
Geralmente é usado na expressão 'mó da hora', que significa também 'muito legal' (ou 'tri legal'), o que me leva a pensar se as pessoas acham que as coisas são legais só naquela hora.

sábado, 30 de abril de 2011

Get a haircut and get a real job


Eu era um rebelde desde o dia em que saí da escola
Deixei meu cabelo crescer e quebrei todas as regras
Eu sentava e escutava meus discos o dia todo
Com ambições de onde iria tocar

Meu pais me ensinaram sobre a vida
Então, me tornei o tipo de pessoa que eles disseram para eu evitar
Eles disseram que meus amigos eram só uns desregrados
E que eu devia cortar o cabelo e arrumar um emprego de verdade

Corte o cabelo e arranje um emprego de verdade
Limpe seu quarto e não seja um pateta
Fique junto com a gente como o seu irmão maior Bob
Por que você não corta o cabelo e arranja um emprego de verdade?

Eu até tentei aquela história de trabalhar 9 horas por dia, 5 dias por semana
Eu disse à mim mesmo que era só um sonho ruim
Encontrei uma banda e algumas músicas boas pra tocar
E agora faço farra toda noite, e durmo o dia inteiro

Eu encontrei essa garota que era minha fã número 1
Ela me levou à sua casa pra conhecer seus pais
Eles botaram os olhos em mim e disseram "Oh meu deus"
Corte o cabelo, e arranje um emprego de verdade

Eu fiz sucesso com minha banda de rock and roll
O futuro é mais brilhante agora do que eu jamais pensei
Sou dez vezes mais rico que o meu irmão maior Bob
E ele, ele corta o cabelo e tem um emprego de verdade

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Teoria de Alan


Acabo de perceber que o mundo é aleatório.

Que não faz sentido achar que as coisas acontece com a gente por merecimento, ou por falta de.

Aquela história de 'se colhe o que se planta' não é tão exata assim. Isso só vale quando se fala de trabalho, ou de agropecuária mesmo.

Quanto ao resto, é besteira acreditar que coisas boas vão acontecer só porque, na medida do possível, a gente tenta fazer as coisas certas.

Na verdade, ás vezes parece que acontece exatamente o contrário. Quanto mais a gente se esforça pra fazer as coisas certas, pra que tudo dê certo, parece que mais coisas acontecem erradas, só pra nos provar que não adianta o que a gente faça, as coisas acontecem como tem que acontecer. Independente do que a gente espere.

Eu tava pensando nisso, e pensei em chamar isso de Teoria da Aleatoriedade, que seria uma teoria que diz que as coisas acontecem de um jeito que a gente não tem como saber porque é tudo aleatório. Que se eu atravesso a rua e um carro me atropela, mesmo que eu olhe para os dois lados antes de atravessar, isso que aconteceu foi aleatório, porque as coisas simplesmente tem que acontecer, de um jeito ou de outro.

Mas aí lembrei que já deram um nome pra isso. Chamam de destino.

Então pensei que um nome melhor pra minha teoria seria Teoria de Alan. Mas não o Alan Quatermain, que deve ter ficado milionário com as Minas do Rei Salomão, mas sim o Alan Harper. Aquele cara que dá um duro danado, que  tenta ser legal com todo mundo e que mesmo com isso só se ferra, enquanto vê outra pessoa agindo exatamente ao contrário e se dando bem o tempo todo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

..a propósito

...é tão bom ser dono de um site próprio, mesmo que seja só um blogue, e não precisar se preocupar se o menu está bagunçando o layout...

Vegetarianismo


Eu acho que sou à favor do vegetarianismo.

Assim, sobra mais carne pra gente que não é. Sem contar que, se mais pessoas virassem vegetarianas, diminuiria o consumo, e com isso, provavelmente cairiam os preços, pois haveria mais oferta do que procura.
Quanto àquela história toda do aquecimento global e tal, quem mais consome carne são os uruguaios, seguidos pelos argentinos. Podemos descontar os uruguaios, que não incomodam ninguém, e culpar os argentinos pelo aquecimento.

quarta-feira, 30 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pisar-te-ei no ônibus


Eu sei que, falando assim, isso parece uma mera desculpa pra um comportamento não muito legal, mas não é.

Não que eu tenha pensado nisso antes por qualquer motivo, já que tem algumas  coisas que a gente nunca para pra pensar, como por exemplo, se é falta de educação pisar no pé dos outros e não pedir desculpa. Mas parando pra pensar, depois de ter pisado em vários pés (e dado cotoveladas e mochiladas), e também depois de ter os próprios pés pisados por outras pessoas, eu chego à conclusão que tanto faz pedir ou não desculpa.

Primeiro, porque provavelmente a pessoa não pisou de propósito. Geralmente quando não se gosta de alguém, a gente ignora essa pessoa, ou faz qualquer outra coisa, mas não vai lá e pisa no pé dela. Acho que colocar algo molhado na mochila e pedir pra essa pessoa segurar seria uma forma bem melhor de demonstrar esse sentimento. E mesmo que a pessoa esteja falando no celular, ou ouvindo lixo, ou falando lixo, a gente precisaria estar muito estourado pra fazer algo contra essa pessoa. E nesse caso, jogá-la pra fora do ônibus seria mais adequado.

Segundo, porque a pessoa que pediu desculpas vai se limitar à isso. Ela não vai limpar teu tênis.

Terceiro, porque desculpas não vão fazer teu pé doer menos. Na verdade, quando se pede desculpas, o pisado automaticamente não tem mais direito de chingar a mãe do pisador. E nesse caso se está tirando um direito do injuriado, sem contar que, ás vezes, chingar é o melhor remédio.

Capas


Houve um tempo em que as capas de discos ou cds eram importantes, e as pessoas se preocupavam com elas.

Também não se tinha todos esses recursos gráficos e coisaetal que se tem hoje, então era preciso ser criativo e improvisar com o que se tem.

Apesar de não comprar mais cds por falta de grana, eu ainda gosto dessas coisas, e ainda lembro de algumas que já vi poraí.

Pra mim, a mais genial de todas é essa, do Ozzy:



Essa aqui eu vi numa loja uma vez, mas não lembrava de quem era. Só lembrava da frase:



O Pink Floyd tem um monte de capas legais, e essa é uma das clássicas:



Mais algumas:



sexta-feira, 11 de março de 2011

Gatos


A gente diz que tem gatos em casa só por dizer mesmo, porque na verdade eles é que nos têm em casa. Se eles ajudassem com o aluguel aí sim, poderia dizer com certeza que a casa é deles e não nossa.

A comida, por exemplo. A gente deve colocar sempre bastante, e deixar eles comendo conforme bem entenderem. O mesmo com a água. Ou seja, eles decidem quando é hora de comer.

Nesse caso, nós resolvemos colocando menos comida, o que funcionou até eles descobrirem onde a gente guarda a ração. A partir daí, começaram a atacar direto a fonte.

Outra coisa, é quando eles decidem deitar em algum lugar. Só se deve remover um gato do lugar onde ele decidiu deitar em caso de extrema urgência, ou quando não é importante o fato de ele arranhar e/ou rasgar o lugar em questão, mesmo que seja o forro do sofá ou a sua perna.

E quando eles decidem que já é a nossa hora de levantar? Ninguém consegue convencê-los de que não é. Eles ficam miando na nossa cara, mordendo, caminhando por cima de nós, até que nos levantemos, ou que um deles seja arremessado contra a parede, o que é menos comum, porque de manhã ninguém tem força suficiente pra arremessar gatos, muito menos depois de eles terem atacado o pacote de ração. Eu já tentei explicar pra um deles o conceito de 'sábado', mas ele não me deu atenção, e ainda me arranhou quando desisti e tentei tirar ele da minha perna.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Coisas pra não se fazer numa cozinha


Ontem à noite, estava eu preparando um rango pra preencher o vazio existencial que me acomete após chegar em casa, toda noite.

Eu tava fritando uma carne, ou pelo menos tentando. Coloquei ela na frigideira, botei sal, sazon e um pouco de vinagre.

Depois de um tempo, eu tirei ela da frigideira, botei num prato e cortei, pra ver se tava cozida por dentro. Como não tava, botei de novo na frigideira.

Logo que devolvi pra frigideira, o óleo que ainda tinha ali começou a chiar, e quando eu vi, levantou uma labareda do meu bife. Subiu até maizoumenos a altura do meu rosto, que por sorte, não tava no caminho. Mas não ficou queimando, só subiu aquela chama e apagou no ar.

Isso foi mais legal do que deixar o grão de pipoca em cima da boca do fogão, pra ver ela estourando em tempo real.

Socorram-me! Subi no onibus em Marrocos!


Estranho como uma coisa tão normal possa ser tão diferente em lugares nem tão diferentes assim. Pegar ônibus em SP é diferente de pegar em São Caetano, que é diferente de Porto Alegre e que é diferente de qualquer outro lugar que eu tenha (ou não) pego um ônibus.

Em São Caetano, os cobradores tem um pouco de trabalho. Isso porque boa parte do povo usa um cartão pra pagar a passagem, e nesses casos tudo que o cobrador tem que fazer é ficar olhando a gente passar, ou nem isso. Depende do sono que ele tá sentindo no momento. A maioria nem a hora dá pra quem tá passando, e meio que ficam te olhando com cara de 'hã?' quando tu coloca as moedinhas no balcãozinho deles, ao passar. Mas mesmo com quase nada pra fazer, tem uma tia no ônibus que eu pego às vezes (quando não me atraso muito...) que chega a ser irritante, de tão lenta que é. Ela pega o dinheiro, conta, dá o troco, espera uns segundos e depois aperta um botão pra liberar a roleta/catraca. É um saco, porque logo começa a acumular o pessoal, e ela sempre com um sorriso de canto de boca, que parece querer dizer 'rá, mais um fudido que não tem cartão'.

Em SP, praticamente todo mundo tem o cartão pra passar no ônibus. O que é ótimo pros cobradores, que ficam ali só pra atender um ou outro perdido que não tem ou esqueceu o cartão (como este que vos escreve... tenho um problema com cartões, assim como com embalagens sachê e cadarços), e pra dormir. Acho que o cobrador nem me viu hoje, e também tanto faz. O problema fica pra quem atende o povo todo que vai comprar créditos pro cartão, no terminal. SEMPRE tem uma fila enorme, porque as maquininhas de carregar não dão troco, e nem aceitam moedas. Na verdade, eu acho que aceitam, mas tem uma fita adesiva tampando o lugar por onde se coloca(ria) as moedas. Sem contar que uma das três máquinas sempre tá sem funcionar. Ás vezes, ela tá ligada mas quando a gente toca na tela, não acontece nada. Outras vezes, ela tá desligada, e semana passada, uma delas tava com o vidro quebrado(!).

Sem contar que eu não consigo me acostumar com o fato de ter que subir pela porta da frente. Seilá, eu acostumei a subir por trás e descer pela frente. Obviamente, isso não faz diferença alguma, e deve ter um motivo tão óbvio pra isso que eu não consigo pensar em qual é. Será que é o mesmo motivo pelo qual a tia vagarosa do 008 dá aquela esperada antes de liberar a roleta/catraca pra gente?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Telefone


O problema não é a tecnologia em si. Muito menos os meus problemas de comunicação.

O problema é o telefone. Qualquer um deles.

Em primeiro lugar, o telefone sempre fura a fila. Ás vezes a gente tá na fila pra ser atendido, e pode estar a maior fila do mundo, se o telefone tocar, a atendente sempre atende o telefone. E ás vezes é pra fazer exatamente a mesma coisa que a gente que tá na fila quer fazer. É claro que eu não sou tão chato a ponto de sugerir que, quando alguém telefonar, a atendente diga 'espera um pouquinho que tem 52 pessoas na sua frente', ou que, já que a pessoa que ligou não pode estar fisicamente na fila, se coloque um boneco segurando um papel com o telefone. Mas eu acho que ela não devia nem atender o tal do telefone. Só que as pessoas tem uma curiosidade enorme de saber quem está ligando, mesmo com essa história toda de modernidade e identificadores de chamada.

Em segundo lugar, ninguém nunca desliga o telefone celular no cinema, em palestra, em lugar nenhum. E sempre no começo de algo assim, alguém pede encarecidamente que todos desliguem os celulares. Mas é apagar a luz e lá vem um tocando. Acho que as pessoas não conhecem mais Murphy.

E no ônibus? eu não sei se é pelo fato do celular estar em movimento, ou se é por que quem usa celular em ônibus certamente tem um aparelho ferrado e pré-pago e por isso a ligação é um lixo, mas eu sei que é sempre um lixo. Fica sempre naquela mesma repetição: 'Alô? oi? não, tô no ônibus. No ônibus! Não, tô indo pra casa! Quem? Não, tô no ônibus! Tá! Quê? Tô indo pra casa!'. E algo que era pra ser dito em dez segundos, acaba ocupando 5 minutos. E é sempre a mesma coisa: Quem atende telefone no ônibus sempre tá indo pra casa.

Sem contar que atender o telefone no ônibus significa gritar. Obrigatoriamente.

Tem também aquelas pessoas que ouvem 'música' no celular. E sempre sem fone de ouvido. De que adianta gastar 500 reais num aparelho, e depois não ter 1,99 pra comprar um fone?

Agora, a coisa mais odiosa do mundo é o tal do nextel. Eu sei que, na verdade, aquilo é um rádio e não um telefone, mas acho que isso torna mais irritante ainda. Sempre que eu vejo alguém falando em nextel, lembro daqueles adolescentes que não tinham grana pra colocar créditos no celular, e falavam 'de três segundos', já que existia uma lenda de que a ligação só era cobrada a partir de três segundos, algo assim. Aí, o mesmo tempo que eles levavam pra avisar alguém de que iam pra casa, era o tempo que levavam pra chegar de fato em casa.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Lave Seu Sofá


-Alõ?

-Alô, bom dia?

-Bom dia.

-É... eu.. eu vi o anúncio de vocês, num poste, e...

-Que anúncio?

-É... tava em um poste, ali na...

-O que dizia no anúncio?

-Dizia 'Lave seu sofá', e tinha esse telefone embaixo. Desculpa, eu..

-Não, tudo bem. Em que posso lhe ajudar?

-Então, eu...

-Seu sofá está sujo?

-Sim.

-E tu ligou por isso?

-É.. eu...

-Ele está muito sujo?

-Não, não.. até que não

-Que tipo de sujeira tem nele?

-Como assim?

-Que tipo de sujeira, ora. Não tá sujo? então tem que estar sujo de alguma coisa.

-Ah, isso. Bem, tem umas manchas de.. acho que é molho, e...

-Que mais?

-Isso é necessário?

-Cara. Tu ligou aqui, e disse que o teu sofá tava sujo. Eu preciso saber que tipo de sujeira tem nele. Se não quiser falar, pode desligar.

-Tá bom, tá bom. Tem mancha de molho, de poeira, tem pelo de cachorro e..

-Pelo de cachorro? Tu deixa teu cachorro dormir no sofá?

-É, deixar a gente não deixa, né? mas ele sempre deita mesmo assim..

-Só isso?

-É acho que é só. Sai muito caro?

-Caro pra quê?

-Como assim, caro pra quê? Vocês não lavam sofá?

-Claro que não, tá pensando o que? que eu vou ir na tua casa lavar teu sofá imundo, cheio de pelo de cachorro? Tá doido, é?

-Mas e o cartaz no poste?

-Que é que tem?

-Não quer dizer que vocês lavam sofá?

-Claro que não! No cartaz diz 'Lave seu sofá'. Não tá dizendo que vou lavar o sofá de ninguém. Além de relaxado, ainda é preguiçoso, é?

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Eutanásio


00:10
-Acorde, Eutanásio.
Eutanásio. Homem comum, trabalhador, pai de família, vota no PT e torce pro Caxias.
-Vamos lá, Eutanásio.
Ele se levanta.
-Agora, vá até o banheiro, Eutanásio. Mas não faça barulho, ninguém pode ver.
Ele calça as havaianas, e vai, pé ante pé, sem fazer barulho. Eutanásio é muito cuidadoso.
-Muito bem, muito bem. Agora faça, Eutanásio.
Ele hesita por um momento.
-Vamos lá, eu sei que você consegue.
Então, ele levanta o pé, mete dentro da privada e dá a descarga.
-Muito bem, Eutanásio! Eu sabia que você conseguiria! Agora, volte pra cama antes que percebam algo.
Ele volta pra cama, com um sorriso de orelha à orelha estampado no rosto.
Isonilda, a esposa, sente algo gelado nos pés.. ou seria úmido? Bobagem. Deve ser um sonho. Ela volta à dormir.

00:09
-Acorde, Eutanásio. Já sabe o que fazer.
Ele se levanta, calça as havaianas, e vai até o banheiro, pé ante pé. Chega no banheiro, mete o pé na privada e puxa a descarga.
-Eutanásio, a noite passada a sua esposa desconfiou. Temos que ser mais cuidadosos.
Ele pensa por um minuto. Então, pega uma toalha de rosto branca e seca o pé nela. No outro dia, a empregada acha meio estranho a toalha estar manchada de azul, mas ela não diz nada. Afinal, eles nunca atrasam o pagamento, passam o dia fora e Isonilda sempre compra os produtos da Avon que ela vende, então não há do que reclamar.

00:10
Eutanásio está na cama, mas não consegue dormir. Ele fica esperando, e nada. 00:30, quinze pra uma..e nada. Quando já é uma hora…
-Desculpe o atraso, Eutanásio. Tive alguns contratempos. Mas vamos lá, já estamos atrasados.
Ele não se mexe.
-Ora, vamos, o que é isso? Você ficou chateado?
Nada.
-Tudo bem. Desculpe. Não vai acontecer de novo, ok? Agora vamos, por favor?
Ele se levanta, com um imperceptível sorriso no canto da boca. Vai até o banheiro, mete o pé na privada, puxa a descarga, mas… Algo acontece! A empregada não deixou toalha no banheiro!
-Pense rápido, Eutanásio!
Ele se dirige à cozinha e pega um pano de secar pratos, que está sobre a mesa, e seca o pé nele.
-Nossa, essa foi por pouco hein? Acho melhor pararmos por um tempo, está ficando cada vez mais arriscado.
Mas essa é a melhor parte. Eutanásio gosta de viver perigosamente.
-Não podemos ser descobertos. Se houverem testemunhas, teremos que tomar atitudes drásticas.
Ele se convence. Eles vão dar um tempo.
No outro dia, na hora do café, estão Lucicleide, a esposa, e Marinalda, a filha do casal.
-Mãe, o pai tá fazendo aquelas coisas estranhas.
-Mas de novo? ele não tinha parado?
-Sim, mas eu sempre escuto ele indo no banheiro de madrugada.
-Ora, mas o que tem de mal em ir no banheiro de madrugada?
-É que ele sai de lá rindo.
-Acho que vou dizer pra empregada pôr menos alho na comida.
No outro dia, a voz não vem. E nem no próximo. E ele se sente orgulhoso de si.