sábado, 29 de novembro de 2008

Lei de Mencken


"Para cada problema na humanidade existe uma solução simples e clara, e esta será sempre a solução errada."

Hoje de tarde me  trouxeram dois micros pra manutenção. Era umas seis da tarde, e acabei de terminar o primeiro.
O problema era que ele reiniciava sozinho quando ligava. Como não é a primeira vez que vejo esse problema, eu fui direto tentar a solução que eu conheço.
Só que, conforme a frase acima, essa era a solução errada.
Depois de horas de pesquisa, de limpar os contatos das peças (vulgo 'passá borrachinha nas placa) e de desinstalar e instalar programas, tive a idéia desesperada de ligar o disco desse computador no meu, e tentar recuperar.

Foi como tirar o problema com a mão.

Agora tem o outro lá. Esse já veio pra mim duas vezes, mas dessa vez vou fazer o serviço completo.

Eu prometi entregar eles amanhã de manhã, mas é claro que não vão vir buscar. No mínimo, lá por segunda feira. Só que isso só vai ser assim porque eu ainda tou aqui acordado. Se eu tivesse ido dormir, e simplesmente falasse que não deu tempo, daí o dono do computador automaticamente teria uma pressa inconcebível e precisaria do computador pra ontem.
É sempre assim.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Vai à m****


Uma das poucas regras de acentuação que aprendi na escola foi aquela da crase:

'Vou a, volto da, crase há.
Vou a, volto de, crase pra que?'

O exemplo que os professores passavam insistentemente, tentando fazer a gente entender isso, era com a palavra França.
Vou a França, volto da França.

E pra comparar, davam qualquer outro exemplo que eu não lembro agora, mas era algo assim:
Vou a Sapucaia, volto de Sapucaia. Daí nesse caso não tem crase.

Como disse antes, essa é uma das poucas coisas que realmente entraram nessa cabeça dura. Mas como foi dificil pra entrar, também vai ser difícil pra sair. Então o cliente pode me mandar um email dizendo "Onde diz: tenha acesso à nossa base de dados, tira a crase do "à nossa", pois esse a não é craseado.", que isso não vai me convencer.
Afinal:

'Vou a base de dados, volto da base de dados'.
Então tem crase!

Claro.. normalmente ninguém vai à uma base de dados. Mas acho que isso não justifica. Afinal, a regra é clara.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

..e antes que alguém reclame...


Amanhã eu vou enviar as fotos em resolução alta. Olhando agora, no álbum, ficaram meio ruins mesmo. Mas tou com preguiça de enviar de novo, e escrever outra vez os comentários...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

3 Reais


À todos que estão esperando uma descrição emocionante, empolgante, envolvente, eletrizante e digna de um filme da sessão da tarde, as minhas mais sinceras desculpas. Porque viajar de avião é isso. É entediante. Não tem muita graça.
Não é ruim, não é cansativo, e quando começa a ficar chato mesmo, acabou.

É claro que é demorado o bastante pra descarregar a bateria do mp4, mas desde que esse venha ligado desde que se pôs o pé pra fora de casa.

Antes disso, uma breve passagem pela feira do livro de Porto Alegre. Breve passagem, porque não dá pra perder muito tempo.
Não que ir lá seja perda de tempo, mas... enfim. Dessa vez não deu pra andar entre as correntes migratórias, e nem ir na parte dos mangás. Essa foi a minha visita mais curta da história da feira. É que não é todo dia que dá pra ir pro povo, então, quando se vai, tem que fazer tudo o que se deixou acumular.

Planejar. Essa é a palavra chave. Eu sou um cara um pouco melódico, digo...metódico. Gosto de planejar as coisas antes de fazer, mas nem sempre dá. Tem vezes que o excesso de confiança é grande, e...
Tá, é mentira. Eu achei que era só descer na estação do Aeroporto (embora o Aeroporto seja uma estação, só que de aviões e outras coisas que voam, aqui tem uma estação de trem (ou metrô) que fica perto do aeroporto. Também tem uma outra estação que se chama Rodoviária, mas isso é assunto pra outra hora).
Onde que eu tava?
Ah sim. Eu esqueci de ver como chegar no aeroporto antes de ir, porque achei que era só descer ali na frente, atravessar a passarela e deu. Só que quando cheguei lá, achei meio vazio. Não tinha muita gente na frente, e parecia que tinha um tipo de feira, ou algo assim. Quando cheguei mais perto, notei que tinha uma roleta, uma bilheteria, e gente comprando entrada e passando pela roleta.
Daí estranhei mesmo. 'Como assim, pagar entrada pra entrar no aeroporto?'. Perguntei pra um segurança como chegava no setor de embarque. Daí ele me explicou que ali é o aeroporto antigo, e que eu tinha que ir no novo.

Ah sim, claro. eu nem sabia que tinha um aeroporto novo...
Dali, se pega um ônibus gratuito que leva as gentes do terminal antigo pro novo. É tão bom isso, sentir que não sou o único que vai no lugar errado do aeroporto, tanto que botam até um ônibus pra levar essa gente toda pro aeroporto certo.
Tá, nem tanta gente assim, afinal é um microonibus (ou micro-ônibus, ou microônibus, não sei qual a regra nova).
Dentro desse ônibus tem um cartaz que diz 'permaneça sentado até que o ônibus pare completamente'. Nos ônibus que a gente anda, nunca prestamos atenção nos cartazes, tanto que sempre somos pegos desprevenidos (nossa, quantos plurais..) quando a passagem sobe, mas nesse, as pessoas realmente esperam o ônibus parar pra se levantar.
Acho que o terno do motorista impõe algum respeito. Seilá.

Depois de chegar no aeroporto certo, basta procurar um balcão da Gol, pra retirar a passagem. A fila não demora muito, mas ali eu descubro uma coisa que já sabia, que não lembrava e que já contei pra alguns de vocês: não dá pra viajar carregando líquidos. Até dá, mas não em vôo internacional.
É isso aí. Agora vocês conhecem alguém que viajou em um vôo internacional. Tanto faz se foi só por menos de uma hora e meia, era internacional porque vinha do Uruguai e pronto. Bueno, como eu tava levando um shampoo e creme pra pentear, tive que abandonar ali mesmo. Até deu vontade de pedir pra moça da gol guardar pra mim até segunda feira, mas fiquei meio sem jeito. E eu duvido muito que ela tenha botado fora. Tá certo que não é dos mais caros, mas era bom aquele shampoo. E o pote tava cheio, ainda.
Talvez ela tenha em casa vários shampoos de gente que não sabe que não se pode viajar com coisas líquidas na mochila. Ou melhor, de gente que na hora descobre que até pode, mas que aí tem que despachar a bagagem, e isso demora um pouco mais.
Enfim.
Depois de passar por todas as partes burocráticas, a gente entra em um corredor estreito.  O corredor é longo, branco, tem uma luz clara muito forte no final, quando tu vai passando, não sente a hora passar, os pés ficam leves, e..
Ops, esse é outro corredor. O do aeroporto é só um corredor estreito, onde quando tu te dá conta, já tá na porta do avião, e quando olha pra trás, já entrou. É quase como uma armadilha contra pessoas que dão pra trás na última hora.

Não que eu fosse dar pra trás. Eu realmente tava tranquilo, não tinha pensado muito em como seria e simplesmente ia deixar acontecer. E foi o que aconteceu.

E foi entediante.

Pra quem nunca andou, antes de ver a foto no álbum, imagine um ônibus. Um ônibus todo branco, por dentro, com janelas pequenas. Lembra muito uma geladeira. As paredes são arredondadas nos cantos, o teto é baixo, os bancos são reclináveis (embora eu só tenha descoberto como inclinar o banco na volta) e não tem cobrador. Tem uns panfletos explicando o que fazer se o avião cair na água, se cair na floresta, etc. Ah, e o rádio fala em dois idiomas: inglês e português.
Imaginou? Parabéns, você acaba de saber como é um avião por dentro.
Acho que a única coisa que impressiona mesmo é como acelera rápido, antes de decolar. No videozinho que eu fiz, ele leva menos de 15 segundos pra chegar na velocidade pra decolar. Tanto que consegui pegar isso na segunda vida das pilhas da câmera, já que a primeira vida eu matei enquanto tentava filmar a decolagem desde o começo. Bem na hora que ele começou a acelerar, a bateria foi. Mas deu tempo de ligar de novo e gravar mais um pouco, que foi a melhor parte.
Mas é só. Sério mesmo.
Depois que tá lá em cima, a vista até que é legal. É legal ver as nuvens fazendo sombra no campo, coisa que não se nota dessa altitude de 1,75m. Mas o resto é chato, e fica um pouco mais chato quando acaba a bateria do mp4. O piloto percebe isso, e começa a falar coisas extremamente relevantes,  como a altitude em que ele voa, que é de maizoumenos 11km, a velocidade de 800 e pouco por hora, e a temperatura externa, que é de -40º. Muito útil pra contar pros parentes no domingo, ou pra se escrever em blogs. Quando ele para de falar e vê que o povo ainda tá meio desanimado, ele inventa uma turbulenciazinha só pra chacoalhar um pouco as coisas, e pronto.
Chegamos.
Acho que leva mais tempo procurando a saída do aeroporto até a rua do que viajando dentro do avião, mesmo.

Algo que me deixou curioso por lá, foi que o pessoal estaciona os carros na esquina. E nem é perto da esquina, é na esquina mesmo. O carro fica em 45° em relação à rua. Ou tem carro demais praqueles lados, que chega a faltar lugar pra parar, ou os motoristas são muito ninjas, que conseguem fazer as curvas mesmo com um carro paradão na esquina, tomando espaço.
Seilá. Se eu mal consigo dirigir em São Leopoldo...

Na volta, foi um pouco menos chato. Não perdi o avião porque tava uma chuvarada praqueles lados, e isso atrasou todos os vôos. O que era pra sair 11h10, saiu lá perto da uma da tarde. Enquanto esperava, fui tomar um cafezinho, pra terminar de acordar. E me apavorei quando vi que o cafezinho custa 3 reais.
E nem era tão bom assim.

Dessa vez não passamos perto da máquina de livros. É que eu ia ficar meio sem jeito, se ela perguntasse o que eu achei do livro que levei da outra vez, porque teria que dizer que não consegui terminar de ler.

Também fomos no show do Judas Priest no Masterc..Credicard Hall. Não sou um grande fã da banda, mas mesmo assim foi bom. O Rob troca de roupa duas vezes à cada música, aparece com uma capa prateada, um trono, uma moto, anda de elevador e ainda sobra tempo pra cantar. Mas isso todo mundo já tá cansado de saber. Eu só queria saber se um dia desses ele não vai ligar aquela moto. Eu digo ligar de acelerar, dar uma volta no palco, seilá, e depois tocar Turbo Lover, ao invés de só sentar nela e deixar o farol ligado.

Agora, já vi Scorpions, Iron Maiden e Judas Priest. Só faltava um blacksabbathzinho pra completar a coleção.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lojinha de turco


Atendendo à 1 (hum) pedidos, eu coloco de novo as coisas que fazem parecer uma lojinha de 1,99.
Coloquei até umas tralhas mais antigas, que tavam emperradas em algum lugar poraí.

Agora, só preciso tirar a teia de aranha e cortar a grama, e tá pronto.

E, claro, ter mais idéias absurdas pra escrever.

domingo, 9 de novembro de 2008

Então.


Após uma breve crise existencial bloguística, retomamos atividades poraqui.
As coisas ainda tão meio bagunçadas, mas vai ficar assim mesmo. Tirei aquele lixaredo todo que fazia o blog parecer uma lojinha de eletroeletrônicos de galeria, onde tem de tudo um pouco mas nada que seja útil.

Mas pra não dizer que voltou do mesmo jeito que foi (afinal ele não foi, e muito menos voltou), eu consegui as músicas da O Carabala e da Sargento Malagueta.
Só que como tou com preguiça, eu vou colocar os links de onde eu consegui, e quem quiser escuta lá.

O Carabala eu achei na TramaVirtual, e a Sargento, no Myspace.