terça-feira, 21 de junho de 2011

Suposições


Supõe-se um monte de coisas.

Supõe-se que todo mundo tenha tv em casa, por exemplo. Aí perguntam 'ué, mas passou na tv, vocês não viram?'.

Também supõe-se que a gente precise do papelzinho azul que sai da maquininha de cartão.  A gente sempre espera eles destacarem, mas depois fica perdido no fundo da carteira, ou no bolso, e depois de duas semanas joga fora porque aquilo não serve mais pra nada, não que antes tivesse servido.

Ainda há outros casos, como aquele vendedor que não fala nada e só fica batendo um troço. Supõe-se que todo mundo sabe o que ele tá vendendo, mas e quem nunca comprou nada dele, como vai saber? Aliás, como se vai saber que ele é um vendedor, e não só um cara que não tem o que fazer e fica incomodando os outros com aquele barulho chato? Tudo culpa das suposições.

E também, supõe-se que todo mundo consegue abrir embalagens sachê de catchup e mostarda. Por isso ninguém nem se preocupa de olhar se o serrilhado da embalagem tá no lugar certo, ou ao menos se o tal existe, afinal, supõe-se que todo mundo consegue abrir aquilo.
Mas às vezes as suposições são legais. Por exemplo, quando eu digo que perdi a minha carteira de motorista porque estava correndo, supõe-se que eu estava dirigindo em alta velocidade, fui pego e apreenderam a minha carteira, quando na verdade, eu estava correndo a pé pra não perder o ônibus e perdi a carteira quando a mochila,que eu supunha que estava fechada, se abriu e a carteira caiu, junto com um livro, e eu, supondo que apenas tinha caído o livro, não procurei por ela na hora.

Só que isso não vem ao caso, agora.

Nenhum comentário: