quinta-feira, 4 de agosto de 2011


A gente sempre acha que as coisas vão ficar mais fáceis, e que a tecnologia vai sempre nos ajudar. Quando criaram a história de "De volta para o futuro", eles pensavam que o futuro seria mais fácil e mais prático.

Besteira. Mesmo com tanta tecnologia que temos poraí, as coisas complicam cada vez mais.

Veja por exemplo, na hora de comer. Se formos fazer a nossa própria comida, temos que ir em algum lugar comprá-la, e aí começam os nossos problemas.

Primeiro, a gente nunca encontra as coisas na quantidade em que quer. Na verdade, se tratando de comida, até encontra, mas logo ao lado do que nós queremos tem um outro produto com uma promoção imperdível onde a gente compra nãoseioquê e ganha outracoisaqualquer, que na verdade não precisamos (e nem iríamos querer). Aí acabamos sempre comprando mais do que tínhamos planejado, sem contar quando a gente quer o produto B mas só tem o produto A e o C, e o C está com uma promoção que, a partir de três unidades, eles custam dez centavos a menos. Isso é mais problemático quando se compra outros produtos, como uma caneta, por exemplo. Em mercados 'grandes' é impossível de se comprar uma caneta, ou um lápis, ou um caderno de 50 folhas. As canetas vêm em pacotes de no mínimo 5, uma de cada cor; lápis eu acho que nem vendem mais, só aquelas lapiseiras que até bússola tem; e cadernos, no mínimo aqueles de 20 matérias com adesivos do crepúsculo, ou coisa parecida.

Se formos em algum lugar comer, o problema muda. Primeiro, que cada lugar atende de um jeito diferente. O subway, por exemplo. A ideia do subway é que a gente faça o próprio lanche, mas não é assim que funciona. A gente vai lá e tem que ficar escolhendo o que quer que eles coloquem no lanche. Parece simples, mas quando a gente olha praquele monte de coisas, tem vontade de pedir um pouco de cada, mas como não queremos passar por mortos de fome, não podemos fazer isso. Aí o tempo vai passando, e a gente pede a primeira coisa que vem à mente:

-Hã, eu vou querer queijo.

-Só queijo?

-Queijo e aquilo ali.

Seja lá o que for aquilo ali... Agora, um mérito deles, que provavelmente foi a melhor coisa já inventada, é o menu com números. É claro que isso é feito pra nos enrolar, já que a foto ao lado do prato sempre parece muito melhor do que realmente é, mas só em poder pedir algo pelo número já ajuda bastante. Assim, a gente não passa vergonha tentando pedir algo que não sabe nem como se pronuncia. Eu, por exemplo, não faço idéia de como se pronuncia Croissant, ou Petit Gateau, e como ainda não encontrei nenhum lugar onde tenha um número ao lado de um desses negócios, ainda não pude experimentar.

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