sábado, 27 de setembro de 2008

O jovem


O jovem tinha sonhos. O jovem tinha esperanças, queria mudar o mundo. O jovem poderia mudar o mundo, e era o que ele ia fazer.
O jovem achava que sabia que ia ser difícil, mas também achava que não ia desistir.
Provavelmente porque era jovem.

O jovem sabia que pra mudar o mundo, ia precisar de forças. E ia precisar aprender a lutar.
O jovem, então, busca treinamento. E quem o treina é o homem.

O homem já tem muita experiência, já lutou muito, mas já não tem sonhos. Ele sabe que esses sonhos não vão mais se realizar.
Provavelmente porque tem muita experiência.

O jovem fala de suas idéias revolucionárias, seus desejos de mudar o mundo, mas o homem ensina que não é assim que funciona. Parece que tudo que o homem ensina ao jovem vai contra os princípios dele, então ele decide que, quando chegar a vez dele, não vai ser assim. E ele não entende porque (ou porquê, ou por quê, ou por que) o homem age dessa maneira.

O jovem, então, termina o seu treinamento. Agora ele é um homem também. E sai pra fazer seu trabalho.

Ele realiza o seu trabalho, do jeito que lhe foi ensinado, e se orgulha disso. E, pra provar que o homem estava errado, ele faz um pouco mais, além do que devia.

Ele logo tem outro trabalho à fazer, e novamente, orgulhosamente, faz um pouco à mais.
Então ele decide sempre fazer um pouco à mais. Porque o homem estava errado, e porque ele tem princípios e vai mudar o mundo.

Um dia, o jovem (vou continuar chamando assim porque deu preguiça de criar um nome) está cansado, e faz apenas o trabalho normal. O cliente pergunta 'vai fazer pela metade, meu jovem? você já foi melhor'.

Ele sempre fez à mais, mas quando faz apenas o necessário uma primeira vez, é como se ele sempre fizesse o necessário e desta vez ficasse devendo.
Mas tudo bem, ele é jovem e vai mudar o mundo.

O tempo passa, e o jovem não consegue mudar o mundo. E vai ficando cansado, cansado das exigências, pois ele deixou as pessoas mal-acostumadas, e essas não mostram muito reconhecimento. Só pedem mais, e cada vez mais. Como se fosse obrigação dele.


Um dia o jovem anda cabisbaixo, desanimado, quando encontra seu velho mestre.

-Mestre, eu não entendo. Eu lutei, me esforcei, tentei mudar o mundo, mas só o que aconteceu foi que se aproveitaram de mim. E ainda reclamaram quando eu fiz somente o necessário!

O mestre, do topo de sua grande montanha de sabedoria, lhe disse:

-Psss! tu entendeu tudo errado, meu bruxo. Negócio é o seguinte: tu vai lá, faz o que te pediram e deu. Cabô, não tem muito papo não. E mete a faca no rim, cobra os zóio da cara, que só aí te dão respeito, tá me entendendo? Então larga essa frescurinha de agradá cliente e não fica aí choramingando pelos canto! Mudar o mundo? primeiro tu faz o teu lado, se sobrá tu até dá uma mão, mas primeiro enche o teu!

Sábias palavras...



(isso é só uma viagem que me veio na cabeça. eu obviamente não penso assim. nunca quis mudar o mundo mesmo...)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

And we keep driving, into the night...


Fico bobo quando vejo alguém que sabe dirigir bem, trocando de marcha. A gente percebe que mudou algo mas não sabe bem o quê, e as coisas começam a andar mais depressa. Ou mais devagar, dependendo da situação, mas a mudança é quase imperceptível.

Tem outros que se atrapalham na hora de mudar, trocam pés pelas mãos, e arranham a caixa de câmbio do carro - e aí todo mundo percebe que o infeliz fez cagada, por causa do barulho.

Eu sempre tive algum problema pra mudar. Não é aquela coisa sutil, onde só se percebe que mudou, mas por outro lado, não chego a fazer nenhum esparro. Na verdade, eu quase paro, por causa do medo de trocar pés pelas mãos. Espero tempo demais pra tomar a próxima ação, e acabo perdendo velocidade. Aí, eu passo pra um nível mais alto, mas nem se percebe. Só dá pra perceber mais tarde quando tenho que diminuir a marcha, por ter escolhido um caminho que me levou pra uma curva brusca.

Mesmo tendo rodado pouco em alguns tipos de estradas, e existindo outros tipos que eu sequer passei, acho que  com essa quilometragem que já tenho eu consigo perceber quando eu estiver numa velocidade boa, numa estrada boa. O que é melhor do que só perceber depois que já se perdeu velocidade, ou quando a estrada fica esburacada.

Eu acredito que engatei uma marcha acima, mas só vou saber mais tarde. De qualquer jeito, já soltei a embreagem, e ainda não ouvi o arranhão.
Acho que é um bom sinal.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Você é o que você veste?


QI


O bom de se trabalhar com informática é que é quase como se fôssemos médicos: a gente vê coisas que as pessoas procuram não mostrar pra todo mundo, como fotos, históricos de msn, e coisas do tipo.

Claro, quando aparece um micro pra se fazer manutenção, a gente (eu pelo menos) não fica olhando as pastas, porque normalmente nunca tem nada lá (que foi?), e porque é anti-ético.
Não, mentira. Não olho isso porque normalmente nunca tem nada lá. No máximo, uma olhada na pasta de músicas, só pra me decepcionar um pouco.

Mas eu falava sobre o acesso que temos às informações. É que me apareceu um site de uma agência de RH pra programar, e veio junto um texto explicando o que tem pra fazer. O que chamou a atenção é que em uma determinada parte, eles pedem pra destacar os candidatos que tem 'qi'. E não tou falando sobre a escola, é indicação mesmo. Um modo de mostrar quem foi indicado, e por quem foi.

Sacanagem, né?
Ou eu que sou ingênuo e ainda acredito/tava que se escolhem os candidatos pelo conhecimento...

Bom, isso não me diz respeito. Eu só cumpro ordens, mãs... fico pensando em quantas vagas já perdi porque nunca teve um asterisco no lado do meu nome, nos 597 sites que fiz cadastro.

domingo, 7 de setembro de 2008

Fãs de música clássica e heavy metal são parecidos, diz estudo



Um estudo que analisa a relação entre gosto musical e personalidade sugere que há semelhanças entre fãs de música clássica e aqueles que gostam de heavy metal.
A pesquisa, realizada na Universidade Heriot Watt, em Edimburgo, na Escócia, entrevistou 36 mil pessoas. Os pesquisadores fizeram perguntas sobre características da personalidade de cada participante e pediram para que os voluntários avaliassem 104 estilos musicais.

Os resultados sugerem, por exemplo, que fãs de jazz são criativos e extrovertidos, enquanto aqueles que gostam de música pop tendem a ter pouca criatividade.

Segundo o professor Adrian North, que liderou o estudo, a surpresa foi descobrir semelhanças na personalidade de fãs de música clássica e heavy metal.

"São pessoas muito criativas, introvertidas e de bem consigo mesmas, o que é estranho. Como você pode ter dois estilos tão distintos com grupos de fãs tão parecidos?", afirmou North.

Ele ressalta que uma das explicações pode ser o “aspecto teatral desses estilos, que são dramáticos”.

"As pessoas em geral têm um estereótipo sobre os fãs de heavy metal, acham que eles têm tendência suicida, são deprimidos e representam um perigo para si e para a sociedade em geral. Na verdade, são pessoas bem delicadas", afirmou

Relação

De acordo com North, a pesquisa pode ser muito útil para a indústria fonográfica e para quem trabalha com marketing.

"Se você sabe a preferência musical de uma pessoa, pode dizer que tipo de personalidade ela tem e para quem deve vender", disse North.

"São implicações óbvias para a indústria da música, que está preocupada com a queda da venda de CDs."


Música e Personalidade:

Blues – boa auto-estima, criativos, extrovertidos, gentis, de bem com a vida
Jazz - boa auto-estima, criativos, extrovertidos, de bem com a vida
Música clássica - boa auto-estima, criativos, introvertidos, de bem com a vida
Rap - boa auto-estima, extrovertidos
Ópera - boa auto-estima, extrovertidos, gentis
Country – Trabalhadores, extrovertidos
Reggae – boa auto-setima, criativos, pouco trabalhadores, extrovertidos, gentis, de bem com a vida
Dance – criativos, extrovertidos, rudes
Indie – baixa auto-estima, criativos, pouco trabalhadores, rudes
Rock/heavy metal – Baixa auto-estima, criativos, pouco trabalhadores, introvertidos, gentis, de bem com a vida
Pop – boa auto-estima, pouco criativos, trabalhadores, extrovertidos, gentis, desassossegados
Soul – boa auto-estima, criativos, extrovertidos, gentis, de bem com a vida

fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/09/080905_musicapersonalidade_np.shtml
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Peraí, que negócio é esse de 'sensíveis'?
Agora esculhambaram.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Bons tempos....


Tava assistindo antes o Grande Dragão Branco, e relembrando os tempos do vhs.
Bons tempos. Tempos que a gente assistia os filmes e depois brincava de imitar. Na época do vhs, a gente podia imitar o que via na tv sem problema de ser preso depois.
Aliás, assistindo agora, eu percebi um monte de coisas que não tinha percebido antes.
As lutas parecem mais falsas, o roteiro não faz lá muito sentido.. é até estranho acreditar que um dia eu achava esse filme bom.

Acho que não devia ter assistido o vídeo do Van Daime (assim que escreve?) na batalha contra o maior inimigo que ele já enfrentou: a bunda da Gretchen, no domingo legal. Só naquele dia deu pra perceber como o cara é nanico.

E babaca.

Mais que o Gugu.

Estragou minha infância...



 ...acho que vou lá jogar street fighter, senão vou ficar deprimido com isso.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Silence


''..

Esteja alerta para a regra dos 3
o que você dá, retornará para você
Essa lição você tem que aprender
Você só ganha o que você merece

..''

Claro que não funciona


Sabe, o pior não é a conexão não estar mais funcionando direito desde sábado passado.
Como todo bom intrometido da informática, quando dá algum problema, eu recorro ao google, e lá tem milhares de páginas mostrando outras milhares de pessoas fazendo os mesmos tipos de perguntas. O pior mesmo é o jeito como escrevem:

'como fasso'
'conecsao'
'eh tudo mintira'
'haushaushhaush'
'atraz'

Isso me dá uma agonia...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Teach me to speak with voices...


Estatísticas.
Agora são exatamente 17:36. Tem 4 pessoas na lanhouse.
Dessas, três estão olhando orkut e uma jogando um jogo violento de tiro.

O que significa que, de cada quatro pessoas, três gostam de olhar a vida alheia e uma gostaria de dar tiros nos outros.

Preciso de mais café.