segunda-feira, 7 de março de 2011

Socorram-me! Subi no onibus em Marrocos!


Estranho como uma coisa tão normal possa ser tão diferente em lugares nem tão diferentes assim. Pegar ônibus em SP é diferente de pegar em São Caetano, que é diferente de Porto Alegre e que é diferente de qualquer outro lugar que eu tenha (ou não) pego um ônibus.

Em São Caetano, os cobradores tem um pouco de trabalho. Isso porque boa parte do povo usa um cartão pra pagar a passagem, e nesses casos tudo que o cobrador tem que fazer é ficar olhando a gente passar, ou nem isso. Depende do sono que ele tá sentindo no momento. A maioria nem a hora dá pra quem tá passando, e meio que ficam te olhando com cara de 'hã?' quando tu coloca as moedinhas no balcãozinho deles, ao passar. Mas mesmo com quase nada pra fazer, tem uma tia no ônibus que eu pego às vezes (quando não me atraso muito...) que chega a ser irritante, de tão lenta que é. Ela pega o dinheiro, conta, dá o troco, espera uns segundos e depois aperta um botão pra liberar a roleta/catraca. É um saco, porque logo começa a acumular o pessoal, e ela sempre com um sorriso de canto de boca, que parece querer dizer 'rá, mais um fudido que não tem cartão'.

Em SP, praticamente todo mundo tem o cartão pra passar no ônibus. O que é ótimo pros cobradores, que ficam ali só pra atender um ou outro perdido que não tem ou esqueceu o cartão (como este que vos escreve... tenho um problema com cartões, assim como com embalagens sachê e cadarços), e pra dormir. Acho que o cobrador nem me viu hoje, e também tanto faz. O problema fica pra quem atende o povo todo que vai comprar créditos pro cartão, no terminal. SEMPRE tem uma fila enorme, porque as maquininhas de carregar não dão troco, e nem aceitam moedas. Na verdade, eu acho que aceitam, mas tem uma fita adesiva tampando o lugar por onde se coloca(ria) as moedas. Sem contar que uma das três máquinas sempre tá sem funcionar. Ás vezes, ela tá ligada mas quando a gente toca na tela, não acontece nada. Outras vezes, ela tá desligada, e semana passada, uma delas tava com o vidro quebrado(!).

Sem contar que eu não consigo me acostumar com o fato de ter que subir pela porta da frente. Seilá, eu acostumei a subir por trás e descer pela frente. Obviamente, isso não faz diferença alguma, e deve ter um motivo tão óbvio pra isso que eu não consigo pensar em qual é. Será que é o mesmo motivo pelo qual a tia vagarosa do 008 dá aquela esperada antes de liberar a roleta/catraca pra gente?

Nenhum comentário: