terça-feira, 23 de junho de 2009

Uma ideia abandonada


Faz algum tempo que eu percebi que tenho umas idéias meio estranhas, de vez em quando. A maioria delas é besta demais e não faz sentido nenhum, e a outra maioria é totalmente besta e continua não fazendo sentido nenhum.

E eu vivia normalmente com isso, até ver essa notícia.

'Na série Multiplicity ("Multiplicidade", em tradução livre), ela se fotografa em diversas posições no mesmo cenário, criando um efeito de clonagem.'

Mas isso é exatamente aquela  mesma coisa que eu fiz, tirando duas fotos minhas e juntando elas. Obviamente que as dela ficaram melhores do que as minhas, porque ela tem uma máquina digital, porque ela tem cenários melhores do que o meu (antigo) quarto, e porque ela tem um pseudônimo legal. Mas a idéia é a mesma.

Só falta alguém escrever um livro sobre um cara que ouve vozes e faz coisas estranhas...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Outra hora eu termino este


Semana passada eu peguei um encaminhamento pra fazer um exame. No encaminhamento, diz que preciso fazer um jejum de 10 horas.

Fiquei pensando nessa palavra.

Jejum.

Pra mim parece uma palavra meio genérica que poderia significar qualquer outra coisa.

Daí eu fiquei pensando que tem um monte de palavras que são meio genéricas e que poderiam significar qualquer coisa. Sabão, por exemplo. Sabão só nos lembra que é algo de limpeza porque a  gente tá acostumado com essa idéia, senão poderia ser qualquer outra coisa. Sem contar que poderia ser algo que fosse mais fácil de saber como se escreve o plural, já que ninguém sabe se é 'sabãos' ou 'sabões' - ou seja, se segue a mesma regra de 'pão - pães' ou 'mão - mãos'. E eu aposto que nem os fabricantes de sabão sabem ao certo, já que escrevem 'contém 4 unidades' ao invés de 'contém 4 sabões' - sem contar os de sabão em pó, que dão à entender que na caixa tem apenas um sabão que foi ralado até virar pó, quando na verdade todo mundo sabe que são vários sabãos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Perseguição


Uma das frases mais verdadeiras é aquela que diz que 'a solução do problema muda o problema'.

Quando eu troco um site de servidor, tenho que baixar todos os arquivos pro meu computador, pra depois enviar de novo pro novo lugar.
Quando o site é simples, isso é tranquilo. Nunca demora muito, porque o arquivo normalmente fica pequeno.
Mas quando o site tem um visual mais cheio de frescurinha, demora muito porque o arquivo fica muito grande.

Até que um dia eu descobri um jeito de enviar os arquivos de um servidor direto pro outro, sem precisar baixar pro meu pc. O que eu levava meia hora pra baixar, e uma hora pra enviar pro lugar novo, era feito em segundos.

Até que contrataram um novo servidor que não me deixa fazer isso. Ou seja, tenho que baixar e enviar tudo de novo...

..e enquanto isso, eles tão lá esperando eu receber e enviar, pra pegar as novas senhas pra voltar a usar o site. E provavelmente reclamando da minha demora.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mais uma pequena tradução


Uma historinha que mostra a diferença entre homens e mulheres.

Digamos que um cara chamado Roger está atraído por uma mulher chamada Elaine. Ele a convida para ir ao cinema, ela aceita. Eles se divertem muito. Algumas noites depois, ele a chama pra jantar, e novamente eles se divertem. Eles continuam se vendo regularmente, até que um tempo depois nenhum deles sai com mais ninguém, apenas os dois.

Então, uma noite quando eles estão dirigindo pra casa, um pensamento ocorre à Elaine e, sem pensar muito, ela diz: "Você notou que, hoje, fazem exatamente 6 meses que estamos saindo?"

Então, há um silêncio no carro. Para Elaine, parece um silêncio alto demais. Ela pensa consigo: 'Nossa, será que ele se incomodou por eu ter dito isso? Talvez ele se sinta preso pelo nosso relacionamento, talvez ele pense que estou tentando arrastá-lo pra algum tipo de obrigação que ele não quer, ou não tem certeza'.

E Roger está pensando. 'Credo. Seis meses.'

E Elaine está pensando: 'Mas, ei, eu não tenho certeza de que quero este tipo de relacionamento, também. Ás vezes eu queria ter um pouco mais de espaço, pra que eu tenha tempo de pensar se eu realmente quero que as coisas continuem como estão indo... digo, onde estamos indo? Vamos apenas continuar saindo, sem muita intimidade? Vamos nos casar? Ter filhos? Ter uma vida juntos? Será que estou pronta pra esse tipo de compromisso? Será que eu ao menos realmente posso dizer que o conheço?'

E Roger está pensando:' ... então quer dizer... vejamos... Fevereiro, quando começamos à sair, foi logo depois que eu busquei o carro na oficina, o que significa... deixa ver o odômetro... opa! preciso mandar trocar o óleo!'

E Elaine está pensando: 'Ele está cansado. Posso ver no seu rosto. Talvez eu esteja entendendo isso errado. Talvez ele queira mais do nosso relacionamento, mais intimidade, mais comprometimento, talvez ele tenha sentido - mesmo antes de eu sentir isso - que eu esteja me reservando. Sim, eu aposto que é isso. É por isso que ele reluta tanto pra dizer algo sobre o que sente. Ele tem medo de ser rejeitado.'

E Roger está pensando: 'Eu preciso mandar revisar a transmissão de novo. Não me importa o que aqueles idiotas digam, ainda não tá funcionando direito. E é melhor eles não tentarem culpar o frio desta vez. Que frio? está 15° lá fora, e esta coisa funciona como um caminhão de lixo, e eu paguei praqueles ladrões R$600.'

E Elaine está pensando: 'Ele está bravo. E eu não o culpo. Eu estaria brava, também. Eu me sinto tão culpada, por fazê-lo passar por isso, mas isso não muda o que eu sinto. Eu simplesmente não tenho certeza.'

E Roger está pensando: 'Eles provavelmente vão dizer que a garantia já acabou. É exatamente o que eles vão dizer, aqueles otários.'

E Elaine está pensando: 'Talvez eu seja idealista demais, esperando um cavaleiro chegar em seu cavalo branco, enquanto eu estou do lado de uma pessoa perfeiamente boa, uma pessoa que eu gosto de estar junto, uma pessoa que eu realmente me preocupo, uma pessoa que realmente parece se preocupar comigo. Uma pessoa que está triste por causa do meu egoísmo, de minha fantasia de menininha.'

E Roger está pensando: 'Garantia? Eles querem uma garantia? Eu vou lhes dar uma garantia. Eu vou pegar a garantia deles e enfiar no...'

"Roger", Elaine diz alto.

"O que?", Roger diz.

"Por favor, não se torture deste jeito", ela diz, com os olhos marejando. "Talvez eu não devesse ter... oh, eu sinto muito..."

(Ela começa a soluçar)

"O que?", Roger diz.

"Eu sou tão boba," Elaine diz, solulçando. "Digo, eu sei que não há nenhum cavaleiro. É bobo. Não há nenhum cavaleiro, e nenhum cavalo."

"Não tem cavalo?", diz Roger.

"Eu sou uma boba, você não acha?" diz Elaine.

"Não!", diz Roger, feliz por finalmente saber o que dizer.

"É que... que.. eu... eu preciso de algum tempo", Elaine diz.

(Há uma pausa de uns 15 segundos enquanto Roger, pensando o mais rápido que pode, tenta achar uma resposta segura. Finalmente ele acha uma que deve funcionar).

"Sim", ele diz.

(Elaine, emocionada, pega a mão dele)

"Oh, Roger, você realmente acha isso?", ela diz.

"Isso o quê?", diz Roger.

"Sobre o tempo", diz Elaine.

"Ah," diz Roger. "Sim."

(Elaine fica face a face com ele e olha profundamente nos seus olhos, fazendo com que ele fique nervoso pelo que ela pode dizer agora, especialmente se incluir um cavalo. Então, ela diz.)

"Obrigado, Roger," ela diz.

"Obrigado," diz Roger.

Então ele a leva até a casa dela, e ela vai dormir, com uma alma em torturada e em conflito, e lamenta até o amanhecer, enquanto Roger volta pra casa, abre um pacote de salgadinhos, liga a tv e imediatamente se ocupa com uma reprise de uma partida de tênis entre dois Tcheckoslováquios que ele nunca ouviu falar. Uma vozinha lá o fundo de sua mente o diz que algo maior esteve acontecendo no carro, mas ele tem certeza de que não há jeito de entender, então ele pensa que é melhor não pensar sobre isso.

No próximo dia Elaine chama a sua melhor amiga, ou talvez duas delas, e elas vão falar sobre o que aconteceu por 6 horas seguidas. Em minuciosos detalhes, elas vão analizar tudo o que ela disse, repetindo várias vezes, explorando cada palavra, expressão e gesto, procurando significados, considerando cada possível ramificação. Elas vão continuar discutindo o assunto por semanas, talvez meses, nunca encontrando decisões conclusivas, mas nunca se cansando isso.

Enquanto isso, Roger, enquanto joga futebol com um amigo que tem em comum com Elaine, vai parar por um minuto antes de pegar a bola, e seriamente diz:

"Norm, Elaine já teve um cavalo?"

(Original em: http://www.blameitonthevoices.com/2008/05/difference-between-men-and-women-in.html)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Contos Culinários


Vamos tentar uma abordagem diferente.
Vamos tentar escrever algo tipo 'auto-ajuda' e tornar este blog um pouco menos inútil.

Pois é.

Você é uma pessoa importante (eu ia escrever 'tu', mas acho que nunca vi algum livro de auto-ajuda onde estivesse escrito 'tu'). Seja lá por qual motivo, você é importante, porque... hã... porque deve ser, seilá. Talvez nem seja, mas se alguém começou a ler um livro de auto-ajuda, é o que ela espera ler. Ou não, na verdade se ela precisa de um livro de auto-ajuda, provavelmente ela acha que não é, mas isso não quer dizer que ela não espere ler que é importante. E com isso eu acabo de me contradizer, mas enfim.
Acho melhor tentar de novo.

Cada ser vivo é uma criatura.
Digo, uma criatura única. Mesmo os clones devem ter alguma diferença, e se não tem, eles são só a exceção que prova essa regra. Logo, cada ser vivo é único exceto os clones.
Pense nisso que eu acabei de escrever.
Vai, pensa mais um pouco.

É, não faz muito sentido, mesmo. Mas olha só como são as coisas. Tu, uma criatura única nesse universo, tá ali na cozinha, descascando uma batata, outra criatura única neste mesmo universo (batatas são parecidas mas não são clones, portanto são únicas). Duas criaturas únicas que se encontram. Podia ser um outro 'tu' qualquer, ou uma outra batata qualquer, mas não. É tu e aquela batata, mais ninguém. Não é uma batata muito bonita, o que torna a coincidência ainda maior, já que se fosse uma batatona linda de morrer provavelmente não seria por coincidência e sim por ela ser uma batatona linda de morrer, e não por tu ser um mau escolhedor de batatas, o que só se percebe na hora de descascar ela e ter que ficar tirando aqueles trocinhos que eu não sei o nome.

Mas enfim, tu descasca a batata, cozinha, enjambra um molho e depois come ela. E tu acha que acaba poraí a existência desta batata não-tão-bonita?

É claro que acaba, oras.

(Nota: ao contrário do que possa parecer, isso não é uma metáfora. E vale explicar que a parte da batata não ser bonita eu inventei agora, porque esqueci o que eu tinha pensado ontem enquanto descascava ela.)

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Laranjando e andando


Eu tava ali na escadinha dos fundos, sentado, comendo uma laranja e pensando na vida.
Daí eu olhei bem pra laranja, e cheguei à conclusão de que não conseguiria inventar uma ligação entre ela e a vida.
Então terminei de comer ela e voltei pra cá.

Quando se tem mil coisas pra fazer, como se escolhe por onde começar?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A diferença entre Vadio e Preguiçoso



Era uma quinta feira. Uma quinta feira tão chata como as quintas-feiras devem ser.

Aí chegou a mensagem no msn. Vinha de alguém que estava offline.

Nessas horas, eu sempre me pergunto porquê não deixo o meu status offline, mas eu sei a resposta. É que estou online.

A cliente pergunta se eu ainda estou trabalhando, pois ligou no meu celular e atendeu outro cara. Eu confirmo, e ela diz que tem um erro no sistema.
Quando ela tenta cadastrar um produto na nota fiscal, aparece um erro, mas só quando se utiliza o micro do servidor. No micro dela, que acessa o servidor, funciona normalmente. Eu peço um print da tela por email (juro que não é um jeito de chutar pra frente e ganhar tempo, mas funciona...).
Fico uns dois minutos atualizando a caixa de entrada pra ver se chegou o print, e nada. Então continuo fazendo o que eu tava tentando fazer antes.

Uns minutos depois chega o email, um print de 2Mb. Hoje em dia não é nada de mais, mas há uns dois anos, eu levaria uns dez minutos só pra baixar esse anexo.

Hoje de manhã eu pego o email e vou ver o erro. Faço um teste no meu servidor, e funciona. Daí eu vejo no email, que ela tá usando o Infernet, digo, Internet Explorer. Daí rodo o teste no Inf.. Internet, e acontece o erro.
Daí eu lembro que, da última vez que eu acessei a máquina dela, ela usa o Firefox pra navegar. Então eu mando um email avisando isso, e digo que vou continuar procurando a solução, mas que ela pode usar o Firefox que não vai dar erro no sistema.(1)

Fico a manhã inteira correndo atrás, pra descobrir que erro é, e levo umas 3 horas pra descobrir que eu preciso copiar uma linha do código pra outra parte do código.
Parece simples, mas o detalhe é que não fui eu quem fez esse sistema. E eu nem sei direito como funciona...
Pronto, tá resolvido. Eu digo pra ela que tá resolvido, e peço que me libere o acesso pra que eu possa atualizar o sistema. Ela diz que agora tá funcionando (porque ela instalou o firefox...), então eu digo que vou deixar assim(2), se ela não usar mais o IE. Ela concorda, e diz que tem mais umas correções pra eu fazer, mas que ainda precisa organizar pra me passar.

1 - Nessa hora eu fui preguiçoso. Eu dei uma solução temporária, ao invés de uma definitiva, mas prometi que ia arrumar outra solução. Eu acho que o preguiçoso faz, com preguiça mas faz.

2 - Nessa hora, eu fui vadio. Eu podia ter insistido pra acessar, mesmo porque era simples (depois de todo o trabalho pra descobrir), mas achei mais fácil deixar assim.

Que droga de texto, hein?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fando y Lis


"Lis: Yo moriré y nadie se acordará de mí. De mí…"
"Fando: Sí Lis, yo me acordaré de tí e iré a verte al cementerio con una flor y un perro, y en tu funeral cantaré, en voz baja, "¡Que bonito es un entierro!"

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sand & Mercury


"Nada que acontece ao homem é natural. Como a sua presença põe o mundo todo em questão, todo o homem deve morrer, e para cada homem esta morte é um acidente, mesmo que saiba que o que ele sente é injusto.

Você pode pode ou não concordar com essas palavras, estas são.. são a chave para as leis da vida."

sexta-feira, 20 de março de 2009

Os Dez Mandamentos Para o Trabalho


 01) Há 2 palavras que abrem muitas portas: Puxe e Empurre.

 02) Se você não é parte da solução, é parte do problema.

 03) Se procura uma mão disposta a te ajudar, vai encontrá-la no final do teu braço.

 04) Quem sabe, sabe. Quem não sabe, é chefe.

 05) Na verdade, o importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe.

 06) Ter a consciência limpa é ter a memória fraca.

 07) Se você é capaz de sorrir quando tudo deu errado, é porque já descobriu em quem colocar a culpa.

 08) Uma tarefa fácil se torna difícil se é você quem tem que fazer.

 09) Você não é um completo inútil: ao menos serve de mau exemplo.

 10) Trabalhar nunca matou ninguém, mas...... por que se arriscar?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Vamos ao Jalapão?


Frequentemente (sem trema, agora) quando eu tou andando poraí, eu vejo erros de ortografia nas placas, faixas, etc.
Também vejo isso em sites, e algumas vezes isso irrita.

Só que isso é ruim, já que além de ser chato ficar corrigindo (sem ser correto o bastante pra isso), nem sempre tá errado, como no caso do Jalapão.
Eu vi esse anúncio ontem, no meu e-mail, e cliquei só porque sou chato demais pra ver se tava errado, e no fim tava certo.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Paranapicuíba


Fevereiro. Calor. Feriadão de carnaval.
Isso lembra o que?

O que? praia? que nada, isso é dia de ir pra Paranapicuíba!

Eu não quero parecer um turista interioriano poraqui, que se admira com tudo, então eu vou falar como se fosse algo totalmente normal o fato de se  poder viajar pro interioR de trem. E também não vou mencionar que aqui tem metrô e tem trem, e que são quase a mesma coisa, com a diferença de que em alguns trens tem um pessoal vendendo cerveja (!) dentro dos vagões, e em outros trens tem ajudantes pra empurrar as pessoas pra dentro quando já há mais de duas pessoas ocupando o mesmo espaço físico (aqui eu ia fazer de novo aquela piada sobre dois corpos ocupando o mesmo espaço, mas seria meio óbvio). E metrô, pelo que eu pude notar até agora, são os que tem ar condicionado e não tem  vendedor de cerveja.

Mas continuando... como a gente não tava muito afim de ficar cozinhando em casa, fomos cozinhar lá em Paranapiacaba.
A propósito, esse cozinhar não era do verbo 'fazer comida', e sim ser do verbo 'ser cozinhado vivo pelo calor'. Obviamente é um exagero de minha parte, já que isso é meio improvável de acontecer, mas que seja. Mas provavelmente quem leu, entendeu.

Droga, já comecei a divagar de novo.

"Paranapiacaba é um distrito do município brasileiro de Santo André (estado de São Paulo). Surgiu inicialmente como centro de controle operacional e residência para os funcionários da companhia inglesa de trens São Paulo Railway - estrada de ferro que possibilitava o transporte de cargas e pessoas do interior paulista para o porto de Santos, e vice-versa. A palavra paranapiacaba significa "de onde se avista o mar", em tupi-guarani."

Pronto, só esse parágrafo copiado da Wikipedia já falou mais do que eu vou falar em todo o resto do texto.

Então, gente foi pra lá. A viagem no trem é tranquila, já que tinha ar condicionado, e... ou era metrô? já que tinha ar-condicionado e não tinha cerveja, talvez até fosse.
Não sei.
Quando chegamos na última estação, em Rio Grande da Serra, eu já me senti em um filme antigo. Não tanto pelo visual da estação, que parece bem antiga, mas sim porque logo que se sai dela, tem que passar pelos trilhos. Daí quando o trem vem chegando, eles tocam uma sirene pra avisar o povo, e baixam a cancela pra ninguém mais passar (mas sempre tem uns malas que passam, do mesmo jeito...). Bem coisa de filme antigo do Mazaropi.

Dali, a gente corre até a parada, e tem um cara perguntando 'quem vai pra Parana? já tá saindo o ônibus pra Parana'. Então, este que vos fala pergunta ao homem se o ônibus vai até Paranapicuíba, e ele responde que sim, o ônibus vai até Paranapiacaba.

Não me pergunte de onde eu tirei esse nome, mas saiba que não é invenção minha. Tá, na hora eu não sei de onde eu tirei esse nome, mas uma rápida busca no gúgou mostra que mais pessoas cometeram o mesmo erro.
Provavelmente seres que tem o dom da falta de memória, ou algo assim.

A viagem de ônibus é rápida, e me lembrou o filme Turistas bem no início, com a diferença que não tinha galinhas no ônibus e a via era asfaltada, e... tá. na verdade não parece tanto assim, mas na hora isso me veio na cabeça.

Depois, a gente chega lá em Paranapiacaba. Ali na descrição da Wikipedia, diz que é um distrito, mas eu, sinceramente, não faço muita idéia do que seja um distrito. O que eu vi lá era tipo um vilarejo na parte baixa de um vale, com montanhas por volta. Um vilarejo com casas antigas, uma igreja antiga, um cemitério muito antigo, uma estação de trem antiga, um botequinho com velhinhos pitando, e, claro, um monte de gente tomando cerveja.

Seilá, tem que gostar muito de cerveja pra viajar um monte até lá só pra beber. Ainda se fosse alguma cerveja paranapiacabense eu entenderia, mas cerveja normal? Vai entender...

Ao chegar, a gente fica na parte alta. E bota alto nisso, só de olhar lá pra baixo, já passa um pouco a vontade de descer, porque a gente pensa que depois vai ter que subir tudo de novo. Mas mesmo assim é um lugar bonito. Tem até um ônibus, tipo um bonde antigo (que eu me lembre era mais ou menos isso) que fica passeando pela cidade, e que pela cara do pessoal que estava nele deve ser muito divertido, tão divertido que a gente não se arriscou a andar nele.
E também porque tinha que pagar pra andar.

Infelizmente, dessa vez não tinha uma câmera pra tirar fotos por lá, mas espero da próxima ter ao menos feito o celular funcionar junto com o pc, pra poder tirar alguma foto. Enquanto isso, eu achei esse link, com umas fotos de lá. Preste atenção no nome das imagens, pra  ver como não fui o único que trocou os nomes..


segunda-feira, 2 de março de 2009

Trocando de Santo


Já faz um mês que tou morando aqui, e posso dizer que tou gostando. E não é só porque é novidade isso pra mim.
É praticamente uma vida nova, um recomeço. Mesmo sem nem ter começado antes.

Pra quem só se preocupava se teria cd pra gravar as besteiras que baixava da internet, ou se teria dinheiro pra comprar café, eu agora tenho muitas outras coisas pra me preocupar, como por exemplo, se tem dvd pra gravar as besteiras que eu (ainda) baixo da internet e se terei dinheiro pra comprar pão e café.

Uma das novidades aqui é que tem banco perto de casa. Acho que nunca nem sonhei com isso, em sair de casa e chegar no banco, indo a pé. E tem pelo menos três mercados diferentes, onde todos aceitam cartão e os atendentes trabalham usando as duas mãos (ao invés de reservar uma só pra segurar a cuia de chimarrão).
E açougue. Tem um açougue aqui na frente. Tá, o nome é meio subjetivo, ou seria considerado lá no sul, mas aqui parece que ninguém dá bola. Ou respeitam a opção do dono.

Mas como bom chato que sou, eu fico um bom tempo prestando atenção em coisinhas inúteis, como por exemplo os telefones públicos. Eles colocam os orelhões bem no meio da calçada, então quando a gente tá caminhando poraí, tem que se desviar deles. E alguns postes de luz também são assim, mas isso não é problema. O que eu não me conformo é com os carros estacionados na esquina, em uma das ruas principais daqui de São Caetano, mas tudo bem. Eu não dirijo poraqui mesmo.

E as lombas. Ou subidas. Pra todo lugar que se vai, tem que subir uma rua. Pra ir no mercado, por exemplo, a gente sai de casa, desce um pouco e começa a subir. E pra voltar, tem que continuar subindo. Até agora não entendi muito bem isso.
Por algum estranho motivo, o lugar onde se quer ir é sempre mais alto do que o lugar onde se está agora.

Eu comecei a escrever isso há duas semanas atrás, porque tá meio ruim de achar tempo livre pra escrever aqui. E agora não sei como continuar.
Então vou falar da nossa visita à Prara.. Parapa... Pira...

PA-RA-NA-PIA-CA-BA!

Ô nomezinho difícil, hein? Gostaria de saber de onde essa gente tira esses nomes, como esse, ou Piraporinha, Itaquaquecetuba, e coisas assim.

Ah, e só pra constar: eu tenho mais preocupações sim, aquilo ali foi só uma piada sem graça, pra mostrar que esse costume eu não perdi.
Eu acho...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Não aceite tudo o que escutar


Canções de guerra pra lembrar de quem se foi
Um verso forte pra esquecer de quem chegou
Palavras fracas são sucesso mundial
Canções de amor a gente deixa pra depois

Essa música é só pra lembrar
Essa música foi feita pra você pensar
Essa música é só pra lembrar
Não aceite tudo o que escutar

Canções de (o resto da frase não dá pra entender)
A distração (ou distorção?) para falar desse país
E se cantar ajuda a espantar mal
Levante a voz e a cabeça no final

Essa música é só pra lembrar
Essa música foi feita pra você pensar
Essa música é só pra lembrar
Não aceite tudo o que escutar


Não sei de quem é essa, não veio nome da banda. E não tem nada sobre ela no google.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Shit happens


Hoje a faxineira me chamou, dizendo 'tu nem sabe o que aconteceu. Eu tava lavando o banheiro, aquele ali de fora, e joguei um balde de água. Só que eu tinha esquecido o pano de limpar o chão dentro do balde, e quando eu vi, já tinha ido e não consegui tirar'.
Ok, sem problema, essas coisas acontecem. Principalmente aqui em casa, onde refizemos o encanamento de metade da casa pra descobrir que o vazamento tava na metade que não trocamos.
Daí lá fui eu com um aramezinho, tentar puxar o pano de dentro do vaso. Mas é claro que não deu certo, porque o pano desceu mais e provavelmente trancou no cano.

Um pouco mais tarde, enquanto tava viajando na maionese e fingindo que tomava banho, comecei a pensar nisso. Pensei no aramezinho que usei pra tentativa de resgate, e comecei a pensar em outras coisas que já fiz com arames ou fios, como da vez em que enrolei todo o cabo de força do videocassete em volta das pernas da mesinha pra não ficar solto, ou da vez em que virei o meu computador de cabeça pra baixo pros cabos alcançarem, e do jeito que eu fiz um aterramento no meu quarto pra ligar uma tomada de 3 plugues e não levar mais choques.

Comecei a pensar em algumas coisas que fiz mais recentemente, no meu trabalho atual, e me dei conta de que muito do que eu faço é improviso. Ou seja, enjambração.

Daí, tive uma idéia de nome pro site que faz um ano que tou pensando em fazer: Enjambração.
Dei uma olhada e vi que o domínio tá disponível, então assim que eu conseguir me organizar e montar algo, vou começar um site novo.
E essa vai ser a minha resolução de ano novo pra 2010.