quarta-feira, 30 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pisar-te-ei no ônibus


Eu sei que, falando assim, isso parece uma mera desculpa pra um comportamento não muito legal, mas não é.

Não que eu tenha pensado nisso antes por qualquer motivo, já que tem algumas  coisas que a gente nunca para pra pensar, como por exemplo, se é falta de educação pisar no pé dos outros e não pedir desculpa. Mas parando pra pensar, depois de ter pisado em vários pés (e dado cotoveladas e mochiladas), e também depois de ter os próprios pés pisados por outras pessoas, eu chego à conclusão que tanto faz pedir ou não desculpa.

Primeiro, porque provavelmente a pessoa não pisou de propósito. Geralmente quando não se gosta de alguém, a gente ignora essa pessoa, ou faz qualquer outra coisa, mas não vai lá e pisa no pé dela. Acho que colocar algo molhado na mochila e pedir pra essa pessoa segurar seria uma forma bem melhor de demonstrar esse sentimento. E mesmo que a pessoa esteja falando no celular, ou ouvindo lixo, ou falando lixo, a gente precisaria estar muito estourado pra fazer algo contra essa pessoa. E nesse caso, jogá-la pra fora do ônibus seria mais adequado.

Segundo, porque a pessoa que pediu desculpas vai se limitar à isso. Ela não vai limpar teu tênis.

Terceiro, porque desculpas não vão fazer teu pé doer menos. Na verdade, quando se pede desculpas, o pisado automaticamente não tem mais direito de chingar a mãe do pisador. E nesse caso se está tirando um direito do injuriado, sem contar que, ás vezes, chingar é o melhor remédio.

Capas


Houve um tempo em que as capas de discos ou cds eram importantes, e as pessoas se preocupavam com elas.

Também não se tinha todos esses recursos gráficos e coisaetal que se tem hoje, então era preciso ser criativo e improvisar com o que se tem.

Apesar de não comprar mais cds por falta de grana, eu ainda gosto dessas coisas, e ainda lembro de algumas que já vi poraí.

Pra mim, a mais genial de todas é essa, do Ozzy:



Essa aqui eu vi numa loja uma vez, mas não lembrava de quem era. Só lembrava da frase:



O Pink Floyd tem um monte de capas legais, e essa é uma das clássicas:



Mais algumas:



sexta-feira, 11 de março de 2011

Gatos


A gente diz que tem gatos em casa só por dizer mesmo, porque na verdade eles é que nos têm em casa. Se eles ajudassem com o aluguel aí sim, poderia dizer com certeza que a casa é deles e não nossa.

A comida, por exemplo. A gente deve colocar sempre bastante, e deixar eles comendo conforme bem entenderem. O mesmo com a água. Ou seja, eles decidem quando é hora de comer.

Nesse caso, nós resolvemos colocando menos comida, o que funcionou até eles descobrirem onde a gente guarda a ração. A partir daí, começaram a atacar direto a fonte.

Outra coisa, é quando eles decidem deitar em algum lugar. Só se deve remover um gato do lugar onde ele decidiu deitar em caso de extrema urgência, ou quando não é importante o fato de ele arranhar e/ou rasgar o lugar em questão, mesmo que seja o forro do sofá ou a sua perna.

E quando eles decidem que já é a nossa hora de levantar? Ninguém consegue convencê-los de que não é. Eles ficam miando na nossa cara, mordendo, caminhando por cima de nós, até que nos levantemos, ou que um deles seja arremessado contra a parede, o que é menos comum, porque de manhã ninguém tem força suficiente pra arremessar gatos, muito menos depois de eles terem atacado o pacote de ração. Eu já tentei explicar pra um deles o conceito de 'sábado', mas ele não me deu atenção, e ainda me arranhou quando desisti e tentei tirar ele da minha perna.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Coisas pra não se fazer numa cozinha


Ontem à noite, estava eu preparando um rango pra preencher o vazio existencial que me acomete após chegar em casa, toda noite.

Eu tava fritando uma carne, ou pelo menos tentando. Coloquei ela na frigideira, botei sal, sazon e um pouco de vinagre.

Depois de um tempo, eu tirei ela da frigideira, botei num prato e cortei, pra ver se tava cozida por dentro. Como não tava, botei de novo na frigideira.

Logo que devolvi pra frigideira, o óleo que ainda tinha ali começou a chiar, e quando eu vi, levantou uma labareda do meu bife. Subiu até maizoumenos a altura do meu rosto, que por sorte, não tava no caminho. Mas não ficou queimando, só subiu aquela chama e apagou no ar.

Isso foi mais legal do que deixar o grão de pipoca em cima da boca do fogão, pra ver ela estourando em tempo real.

Socorram-me! Subi no onibus em Marrocos!


Estranho como uma coisa tão normal possa ser tão diferente em lugares nem tão diferentes assim. Pegar ônibus em SP é diferente de pegar em São Caetano, que é diferente de Porto Alegre e que é diferente de qualquer outro lugar que eu tenha (ou não) pego um ônibus.

Em São Caetano, os cobradores tem um pouco de trabalho. Isso porque boa parte do povo usa um cartão pra pagar a passagem, e nesses casos tudo que o cobrador tem que fazer é ficar olhando a gente passar, ou nem isso. Depende do sono que ele tá sentindo no momento. A maioria nem a hora dá pra quem tá passando, e meio que ficam te olhando com cara de 'hã?' quando tu coloca as moedinhas no balcãozinho deles, ao passar. Mas mesmo com quase nada pra fazer, tem uma tia no ônibus que eu pego às vezes (quando não me atraso muito...) que chega a ser irritante, de tão lenta que é. Ela pega o dinheiro, conta, dá o troco, espera uns segundos e depois aperta um botão pra liberar a roleta/catraca. É um saco, porque logo começa a acumular o pessoal, e ela sempre com um sorriso de canto de boca, que parece querer dizer 'rá, mais um fudido que não tem cartão'.

Em SP, praticamente todo mundo tem o cartão pra passar no ônibus. O que é ótimo pros cobradores, que ficam ali só pra atender um ou outro perdido que não tem ou esqueceu o cartão (como este que vos escreve... tenho um problema com cartões, assim como com embalagens sachê e cadarços), e pra dormir. Acho que o cobrador nem me viu hoje, e também tanto faz. O problema fica pra quem atende o povo todo que vai comprar créditos pro cartão, no terminal. SEMPRE tem uma fila enorme, porque as maquininhas de carregar não dão troco, e nem aceitam moedas. Na verdade, eu acho que aceitam, mas tem uma fita adesiva tampando o lugar por onde se coloca(ria) as moedas. Sem contar que uma das três máquinas sempre tá sem funcionar. Ás vezes, ela tá ligada mas quando a gente toca na tela, não acontece nada. Outras vezes, ela tá desligada, e semana passada, uma delas tava com o vidro quebrado(!).

Sem contar que eu não consigo me acostumar com o fato de ter que subir pela porta da frente. Seilá, eu acostumei a subir por trás e descer pela frente. Obviamente, isso não faz diferença alguma, e deve ter um motivo tão óbvio pra isso que eu não consigo pensar em qual é. Será que é o mesmo motivo pelo qual a tia vagarosa do 008 dá aquela esperada antes de liberar a roleta/catraca pra gente?