segunda-feira, 26 de setembro de 2011

24-6 Ora essa


, eu já lavava a louça antes, quando morava com o pai. Mas acho que nunca percebi quanta louça se suja porque não tinha acompanhado todo o processo de cozinhar e sujar a louça (exceto na hora de comer). A gente passa mais tempo sujando a louça do que comendo...
Se olhar por este lado, a cozinha nem deveria se chamar 'cozinha', e sim 'lavanderia de louça', ou algo parecido.

Agora (faz um mês...) temos dois gatos em casa. Um casal. Um deles se chama 'Saidaqui', e a outra, 'Tschiii!'. Tá, na verdade não são esses os nomes deles, mas como eu passo o dia todo falando assim com eles, provavelmente eles vão se convencer de que esses são os nomes deles.
Mas é bom ter um pouco de movimento dentro de casa. Quando eles não tão tentando subir na mesa da cozinha, entrar no banheiro ou caminhar em cima do teclado, eles são divertidos. Tem um colchão que fica em pé, atrás da porta do quarto, e que eles adoram escalar. Nos primeiros dias, eles apanhavam pra escalar, agora é dois toques e já tão lá em cima. Também tem dois ratos de brinquedo que eles adoram, e que a gente usa como isca quando queremos fazer eles irem pra algum lugar. A gente joga o rato e eles vão atrás, enquanto isso fechamos a porta. Dá pena, ás vezes, mas eles não tem pena quando tão caminhando no meu teclado e desligam o meu computador...

A gente tem dois vizinhos. Na casa ao lado, tem um casal que até hoje não sabemos se é um casal. Só sabemos que eles brigam, e muito. Ás vezes nós temos que ligar o rádio pra não ouvir as discussões. No outro lado, moram uns corinthianos. A gente sabe que são corinthianos porque quando o corinthians ganha, eles fazem uma baderna, e quando perde, é tanto silêncio que dá pra ouvir os vizinhos do outro lado brigando (mentira, sempre dá pra ouvir, com ou sem corinthianos). No dia que o corinthians ganhou o paulistão, foi muito estranho. Tinha gente pela rua gritando o nome do time (não vou digitar corinthians de novo...), gente bebendo na rua, foguetório... até hoje eu nunca vi uma revolução popular, mas acho que se acontecesse e o povo ganhasse, seria algo bem parecido.

Os estabelecimentos mais importantes pro povo daqui, são, nesta ordem:
-Bar;
-Pizzaria;
-Padaria;
-Lanchonete (ao invés de lancheria...);
Depois vem coisas como posto de saúde, hospital, etc. Todo santo dia alguém joga um panfleto de uma pizzaria diferente na nossa porta, e eu até acostumei com isso. Ás vezes fico até meio triste, quando olho na porta e não tem nada.

Aqui não tem cachorro na rua. E até hoje só ouvi um cachorro na casa de um vizinho latindo, mas não sei onde era. Mas em compensação, as motos são muito barulhentas. Eu adorava aquelas motos grandes, que fazem tanto barulho quanto um caminhão, mas confesso que cansei delas. Eu nem saio mais na janela pra ver quando uma delas tá passando, eu até torço pra que vá embora logo. Ô saco!

O feijão aqui carioca é mais barato que o feijão preto. E tem uma tal laranja 'bahia', que é a mesma de umbigo. Aqui tem tanta gente de fora que os forasteiros já começaram a batizar as coisas com os nomes de casa, talvez pra aliviar um pouco a saudade.

Aliás, tem uma história que diz que não tem mais ninguém no nordeste. Veio todo mundo pra cá. Mas isso deve ser exagero.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

5-6 Coisas que eu não sei...


Gorduras Trans:

Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e o colesterol sejam pasteurizados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.

Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares. Resumindo, esse tipo de gordura causa o aumento do colesterol.

Glúten:

As pessoas portadoras de doença celíaca têm uma hipersensibilidade ao glúten. Nestas pessoas o glúten provoca danos na mucosa do intestino delgado, impedindo uma digestão normal. Após eliminar o glúten da dieta, o intestino volta a funcionar com normalidade. Outra manifestação de intolerância é a presença de lesões na pele chamada dermatite herpetiforme.

Os autistas podem ser sensíveis ao glúten e à caseína (uma proteína presente no leite). Ambas as substâncias parecem ter um efeito opiáceo nestes indivíduos.

Foi comprovado que quando ingerido em excesso, o glúten causa diminuição da produção da serotonina, o que leva a um quadro de depressão.

Açúcar Invertido:

O açúcar invertido é um ingrediente utilizado pela indústria alimentícia e consiste em um xarope quimicamente produzido a partir do açúcar comum, a sacarose. É usado principalmente na fabricação de balas, doces e sorvetes, para evitar que o açúcar cristalize e dê ao produto final uma desagradável consistência arenosa.

Além de conferir textura adequada aos produtos em que é utilizado como matéria prima, o açúcar invertido também auxilia na formação de cor e de aroma, através da chamada Reação de Maillard ou escurecimento não enzimático.

A inversão do açúcar provoca a quebra da sacarose em dois açúcares que formam a sua molécula: glicose e frutose. A fórmula da reação química é a seguinte:

O termo invertido decorre de uma característica física da sacarose, que se altera durante o processo de hidrólise: originalmente, um raio de luz polarizada que incide sobre a sacarose é desviado para a direita, ou seja, a sacarose é uma molécula dextrógira (D, +). Após o processamento de inversão, a glicose (D, +) e a frutose (L, -) resultantes têm a propriedade conjunta de desviarem a luz para a esquerda; ou seja, o açúcar invertido é levógiro.

(eu sempre achei que açúcar invertido fosse sal...)

15-9 Um sonho de uma noite de verão


Hoje eu sonhei que eu tinha ganho na mega-sena.
Daí eu ia de ônibus buscar o meu prêmio. Só que eu era sequestrado (sem trema) por alienígenas preto-e-branco.
Eu achei que eles se comunicavam através de um aparelhinho que um deles carregava na cintura (que emitia sons que lembravam o som de uma tabuinha batendo em outra, repetidamente, sendo transmitido através de um radinho de pilha mal-sintonizado em uma rádio AM e com a pilha meio fraca, além de outros sons repetidos), mas logo descobri que eles também falavam, embora não dissessem nada (embora falassem muito). Eu perguntava o que eles queriam comigo, mas eles respondiam em um idioma estranho. Eu só entendia que eles diziam 'somos nós', de um jeito estranho.
Quando eles me forçavam a chamá-los de 'mano', eu morria e acordava.

Hoje eu sonhei que eu ganhava na mega-sena.
Daí eu tinha um ataque cardíaco e morria. Daí acordei.