quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Garbellini Wars

Durante a vida, a gente comete alguns erros. Faz algumas burrices. E comete outras tantas cagadas.
Esta é uma delas.

No dia 03 de dezembro de 2011, sábado, eu e minha namorada comparecemos à filial da Av. Itaquera da loja Garbellini Planejados para fazer um projeto de móveis planejados. No dia, fechamos um projeto no valor de R$17.280, que seria parcelado em 36X. A forma de pagamento acertada foi em cheques. Como no dia não estávamos com o talão de cheques, ficou acordado que os levaríamos no dia seguinte, domingo, ou mandaríamos entregar, já devidamente assinados.

No dia seguinte, ligamos na loja para solicitar o cancelamento do projeto, pois como estávamos perto da data da nossa mudança, pensamos que seria melhor adiar o projeto, pois teríamos muitos gastos com essa mudança. Ligamos perto do meio dia e falamos com o vendedor que nos atendeu, Vagner Nunes. O mesmo repassou o caso para o seu supervisor, um tal de Valdir. Ele disse que iria ver a possibilidade de fazer um ‘plano flex’ para facilitar as condições de pagamento, mas que precisava ver com o seu superior, e iria retornar a ligação no dia seguinte, mas que independente disso o projeto havia sido cancelado.  Vale observar que faziam menos de 24 horas que o contrato havia sido assinado e, em uma das cláusulas do mesmo, constava um período de até 24 horas para solicitar o cancelamento do projeto sem que fosse necessário pagar multa.

No meio da semana, entre terça e quarta, recebemos uma ligação da Garbellini, onde nos informaram que o financiamento havia sido aceito pela Aymoré e perguntaram qual era o melhor dia para o vencimento das parcelas. Ficamos surpresos, pois além de termos solicitado o cancelamento, estávamos aguardando a proposta que o Valdir havia mencionado. Falei isso para a pessoa que me ligou, e pedi para falar com o Valdir. Após tentar ligar várias vezes e nunca o encontrar na loja, finalmente consegui falar com ele, e solicitei novamente o cancelamento. O mesmo me disse que havia acontecido algum engano, que havia feito uma observação no nosso projeto e que não deveria ter sido passado para a financiadora, e que não nos preocupássemos, pois ele iria resolver. “Deixa comigo” foram as palavras dele.

No dia 26 de dezembro, recebemos o carnê com as 36 parcelas para fazer os pagamentos, iniciando em fevereiro de 2012. Ficamos ainda mais surpresos, pois haviam nos garantido que era um engano, que o projeto havia sido cancelado. Também achamos estranho não termos recebido nenhum contato da Aymoré para confirmar que eu realmente havia feito um financiamento, ainda mais se tratando de um valor alto. Tentei novamente contato com a loja, mas como era final de ano, ninguém nos atendeu, então mandei um e-mail para o vendedor Vagner perguntando o que havia acontecido e o que deveria fazer.

Após isso, tentei contato telefônico, enviei e-mails, mas o Valdir nunca se encontrava na loja e nunca respondia os e-mails. No dia 19 de janeiro decidimos ir até a loja para falar pessoalmente com ele, mas o mesmo não se encontrava lá. Esperamos durante algumas horas, pois nos disseram que ele voltaria, mas nada de aparecer.  Já estávamos impacientes com isso, então o vendedor Vagner nos propôs uma alteração no projeto inicial, para que não cancelássemos, e para que não esperássemos mais o Valdir, pois já não tinha mais certeza de que ele voltaria naquele dia.
Refizemos parte do projeto, diminuindo seu valor para R$11.040,00. Para que não fosse necessário enviar novamente para a financeira, ficou acordado que a loja pagaria as primeiras 13 parcelas, e nós as demais.  Esse acordo foi aceito por nós porque eles se recusaram a cancelar e nós não queríamos ficar com pendências financeiras. O acordo foi feito e assinado pelo vendedor Vagner, que refez o pedido. À nosso pedido, ele colocou a observação que a loja ficaria responsável pelas parcelas e assinou. Eles também destacaram as primeiras 13 folhas do carnê para pagar mensalmente conforme acordado.

Após a data do vencimento da primeira parcela, a Aymoré entrou em contato conosco e assim descobrimos que o pagamento não havia sido feito, conforme o acordo. Entramos em contato com o Vagner que providenciou o pagamento das duas primeiras parcelas. Após o vencimento da terceira parcela, a Aymoré nos contatou novamente para cobrar a parcela em atraso. Tentamos entrar em contato novamente com o Vagner, mas o mesmo nos respondeu por e-mail que havia saído da empresa. Entramos em contato com o responsável pela loja através do e-mail garbelliniplanejados@hotmail.com e fomos respondidos por um tal de Cláudio Garbellini. O mesmo respondeu que iria verificar com o financeiro da loja e que faria o pagamento. Como o pagamento não foi feito, continuei tentando ligar e mandar e-mails, mas nunca era respondido. Após alguns dias, através de um e-mail que recebi do Vagner, soube que a loja havia fechado, e assim não consegui contato com mais ninguém.
No fim disso tudo, fiquei com uma dívida com a Aymoré  e nunca soube se os meus móveis sequer haviam sido fabricados.