segunda-feira, 4 de maio de 2009

Contos Culinários


Vamos tentar uma abordagem diferente.
Vamos tentar escrever algo tipo 'auto-ajuda' e tornar este blog um pouco menos inútil.

Pois é.

Você é uma pessoa importante (eu ia escrever 'tu', mas acho que nunca vi algum livro de auto-ajuda onde estivesse escrito 'tu'). Seja lá por qual motivo, você é importante, porque... hã... porque deve ser, seilá. Talvez nem seja, mas se alguém começou a ler um livro de auto-ajuda, é o que ela espera ler. Ou não, na verdade se ela precisa de um livro de auto-ajuda, provavelmente ela acha que não é, mas isso não quer dizer que ela não espere ler que é importante. E com isso eu acabo de me contradizer, mas enfim.
Acho melhor tentar de novo.

Cada ser vivo é uma criatura.
Digo, uma criatura única. Mesmo os clones devem ter alguma diferença, e se não tem, eles são só a exceção que prova essa regra. Logo, cada ser vivo é único exceto os clones.
Pense nisso que eu acabei de escrever.
Vai, pensa mais um pouco.

É, não faz muito sentido, mesmo. Mas olha só como são as coisas. Tu, uma criatura única nesse universo, tá ali na cozinha, descascando uma batata, outra criatura única neste mesmo universo (batatas são parecidas mas não são clones, portanto são únicas). Duas criaturas únicas que se encontram. Podia ser um outro 'tu' qualquer, ou uma outra batata qualquer, mas não. É tu e aquela batata, mais ninguém. Não é uma batata muito bonita, o que torna a coincidência ainda maior, já que se fosse uma batatona linda de morrer provavelmente não seria por coincidência e sim por ela ser uma batatona linda de morrer, e não por tu ser um mau escolhedor de batatas, o que só se percebe na hora de descascar ela e ter que ficar tirando aqueles trocinhos que eu não sei o nome.

Mas enfim, tu descasca a batata, cozinha, enjambra um molho e depois come ela. E tu acha que acaba poraí a existência desta batata não-tão-bonita?

É claro que acaba, oras.

(Nota: ao contrário do que possa parecer, isso não é uma metáfora. E vale explicar que a parte da batata não ser bonita eu inventei agora, porque esqueci o que eu tinha pensado ontem enquanto descascava ela.)

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